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Putin: conflito entre Coreias pode ser pior do que Chernobyl

Presidente russo pede que questões sejam resolvidas na mesa de negociações

Por Da Redação
8 abr 2013, 12h36

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que um eventual conflito bélico atômico na península coreana teria consequências muito mais graves do que o acidente nuclear de Chernobyl, em 1986. Em entrevista coletiva, ao lado da chanceler alemã, Angela Merkel, em Berlim, Putin afirmou que, evidentemente, os russos estão preocupados com o aumento da tensão entre as Coreias.

“Faço uma chamada para que todos se tranquilizem e tentem resolver os problemas na mesa de negociações”, pediu Putin, acrescentando que Chernobyl pareceria “um conto de fadas” se comparado a um confronto com armas de destruição em massa. O presidente lembrou que a Rússia é contrária à proliferação de armas atômicas e defende a desmilitarização de toda a península coreana.

Putin e Merkel exigiram que a Coreia do Norte interrompa imediatamente suas provocações e que a comunidade internacional atue para que o regime comunista diminua suas ameaças militares. Merkel ressaltou a influência que Pequim e Moscou exercem sobre Pyongyang e reiterou que a Coreia do Norte deve cumprir seus compromissos internacionais.

A Coreia do Norte aumentou sua retórica bélica depois de ter sofrido novas sanções econômicas da ONU após realizar um teste nuclear em fevereiro. Nesse mesmo período, Seul e Washington realizaram exercícios militares, que já estavam programados, mas que tiveram maior intensidade devido às ameaças.

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China – O governo chinês também afirmou nesta segunda-feira que está preocupado com a tensão na península coreana e que deseja “a paz e não a guerra” na região. “Trata-se de aliviar a tensão, e não de fomentar a rivalidade”, disse nesta segunda o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hong Lei, em entrevista coletiva diária.

Hong, que não se pronunciou sobre a possibilidade do regime de Pyongyang realizar um novo teste nuclear, assegurou que a China “se opõe a qualquer tipo de atuação que ameace a paz e a estabilidade da região”. “Uma solução adequada serve ao interesse comum de todas as partes implicadas”, acrescentou o porta-voz, que também lembrou os “grandes esforços” que a China empreendeu para resolver o conflito.

Hong defendeu o reatamento das negociações de seis lados (as duas Coreias, China, Rússia, EUA e Japão) para solucionar a disputa coreana, conversas que estão paralisadas por Pyongyang desde 2008. O presidente da China, Xi Jinping, disse no domingo em discurso no Fórum de Boao – alternativa asiática a Davos – que nenhum país “deveria lançar uma região e inclusive o mundo inteiro no caos por benefícios egoístas”.

Os chineses aprovaram as sanções impostas pela ONU contra a Coreia do Norte por seus três testes nucleares, embora mantenha o envio de alimentos e a cooperação energética para o país. A China, maior investidor e parceiro comercial da isolada nação vizinha, fornece metade do alimento e da energia utilizada pela Coreia do Norte.

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(Com agência EFE)

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