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Província de Homs, na Síria, vive cotidiano de conflitos e assassinatos

Por Da Redação
6 dez 2011, 14h30

Cairo, 6 dez (EFE).- A cidade síria de Homs, um dos principais redutos de opositores no país, foi por mais uma vez, nesta terça-feira, o principal alvo das forças de segurança do regime de Bashar al-Assad, que mataram pelo menos 80 pessoas nos últimos dois dias nesta localidade.

Os Comitês de Coordenação Local denunciaram que 30 civis morreram nesta terça, entre eles um menor. Nesta segunda, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), 50 pessoas perderam a vida na província.

Os bombardeios, os sequestros e os assassinatos se transformaram em rotina em Homs desde o início dos conflitos, em março. A maioria das mortes ocorreu devido aos disparos efetuado pelos franco-atiradores e pelas forças de segurança.

Os enfrentamentos ocorrem nas ruas, nos postos do Exército, dentro das casas dos moradores e até em funerais.

Além disso, foram descobertos nesta terça, no bairro de Al Zahra, os corpos de 34 pessoas sequestradas ontem pelos pistoleiros do regime, os ‘shabiha’.

O ativista sírio Abu al Ward, natural de Homs e que buscou refúgio no Egito, afirmou à Efe que nas últimas horas as forças de segurança raptaram 27 mulheres, a maioria parente de rebeldes.

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Nenhuma dessas informações pode ser verificada pela imprensa internacional, que está impedida de entrar no país pelo governo, que critica qualquer interferência externa e acusa os opositores de serem terroristas.

A agência oficial de notícias, Sana, informou hoje que as forças de segurança impediram a entrada no país de um grupo procedente da Turquia, onde milhares de sírios buscaram abrigo. Na Turquia, também vivem os líderes do grupo formado por soldados desertores do Exército sírio.

Em contraste com as acusações das autoridades, o porta-voz do Conselho Nacional Sírio, Ahmad Ramadã, acusou às forças policiais e militares de praticarem atos de violência em todo o país e amedrontarem a população, com o objetivo de recuperar o controle de Homs.

O representante do principal órgão político da oposição síria disse à Efe que ‘o regime começou uma grande escalada de violência na província para demonstrar que ainda pode controlar a situação interna’.

Segundo Ramadã, trata-se de uma mensagem dirigida ao exterior para demonstrar que Assad ignora os pedidos da Liga Árabe, que em 27 de novembro impôs sanções à Síria.

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‘O que está se passando em Homs é uma retaliação por tudo o que foi feito pela revolução’, afirmou o opositor, que comparou a situação atual a vivida em 1982 em Hama.

Na ocasião, esta cidade foi palco de um massacre praticado pelo regime de Hafez al-Assad, pai do atual presidente, que causou a morte de milhares de pessoas.

‘Hama foi destruída em poucas semanas; o massacre de Homs já dura meses’, concluiu Ramadã. Apesar da repressão, as manifestação que pedem a queda de Assad continuam nas ruas da província, ao mesmo tempo que a imprensa oficial diz que passeatas que reúnem milhares de pessoas pedem sua permanência no poder.

Além das denúncias de crimes cometidos pelas forças sírias, as convocações de greve e a desobediência civil, os rebeldes pediram, no dia 7 de novembro, que a Onu declare Homs zona de desastre.

Esta ação permitiria o envio de ajuda humanitária internacional. Até o momento, o Conselho Nacional Sírio denunciou que pelo menos 1.400 pessoas morreram na província.

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Segundo os números da Onu, desde o início dos protestos, pelo menos quatro mil pessoas perderam a vida na Síria, que estaria se encaminhando para uma guerra civil. EFE

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