Protestos teriam deixado 84 mortos na Líbia, diz ONG
Há três dias, manifestanes pedem saída de Muammar Gaddafi
As forças de segurança do governo líbio teriam provocado a morte de ao menos 84 manifestantes durante os protesto contra o governo local que ocorrem em diversas cidades do país africano. A informação foi divulgada pela organização não-governamental Human Rights Watch, com sede em Nova York.
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De acordo com o relatório, o maior número de mortes foi registrado na cidade de Benghazi, onde 35 pessoas morreram. Os protestos pedem a saída do ditador Muammar Gaddafi, que comanda o país há 42 anos. Desde quinta-feira, com a ajuda das redes sociais, milhares de líbios ocupam as ruas de diversas cidades.
“As forças de segurança de Gaddafi estão atirando contra os cidadãos da Líbia e matando pessoas simpliesmente porque elas desejam mudanças”, disse Joe Stork, diretor da Human Rights Watch. “As autoridades líbias deveriam permitir os protestos pacíficos e permitir que a população tenha voz.”
Neste sábado, o serviço de internet na Líbia foi cortado, informam as agências internacionais de notícias. A rede vinha sendo utilizada por manifestantes para convocar a população às ruas e protestar contra o governo.
De acordo com as informações, os principais sites bloqueados foram os das redes sociais Facebook e Twitter, amplamente utilizada pelos líbios para organizar, na quinta-feira, o “dia de fúria” no país, que marcou a intensificação dos protestos. Além disso, os mesmo sites foram utilizados na Tunísia e no Egito, onde os manifestantes conseguiram o fim do regime de Mubarak.
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