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Protestos deixam três mortos e seis feridos em Damasco

Manifestantes pediam o fim do estado de emergência, vigente desde 1963

Por Da Redação
1 abr 2011, 11h25

“A principal causa das manifestações desta sexta é o discurso do chefe de estado, que jogou no lixo todas as nossas esperanças”, diz ativista

Pelo menos três pessoas morreram e outras seis ficaram feridas nesta sexta-feira, em Damasco, devido a choques entre forças de segurança e manifestantes da oposição. As vítimas participavam de um dos vários protestos que tomaram cidades sírias após as orações dos muçulmanos. As mobilizações ocorrem dois dias depois de o presidente Bashar al-Assad chamar o movimento por liberdade política no país de “conspiração estrangeira”. No mesmo discurso, ele frustrou as expectativas dos rebeldes ao não proclamar o fim do estado de emergência, vigente desde 1963, que havia prometido abolir.

Centenas de pessoas tomaram as ruas de Damasco e seus arredores. No subúrbio de Douma e nas cidades costeiras de Latakia e Bania, forças de segurança dispararam gás lacrimogêneo contra os manifestantes, de acordo com testemunhas.

A presença da polícia e apoiadores de Assad era ostensiva em torno das mesquitas onde os protestos ocorreram.”O regime está usando uma nova tática. As forças de segurança não só enfrentam os manifestantes, como realizam ações brutais”, declarou um ativista que presenciou alguns protestos. Histórico – Os líderes da oposição síria convocaram manifestações em todo o país nesta sexta-feira, decepcionados com as medidas anunciadas pelo presidente em resposta ao massivo movimento de protesto, que já dura duas semanas. “A principal causa das manifestações desta sexta é o discurso do chefe de estado, que jogou no lixo todas as nossas esperanças”, afirmou um ativista, que pediu o anonimato.

Em uma mensagem de vídeo divulgada pela internet, o ativista sírio dos direitos humanos Haytham Maleh chamou seus compatriotas a “continuar pressionando o governo para obter a satisfação de nossas reivindicações indispensáveis”. “Se o governo não atender a essas demandas, deverá assumir a total responsabilidade pelas consequências do movimento popular”, advertiu.

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Reivindicações – A supressão da lei de emergência, imposta após o golpe de estado que levou o partido Baath ao poder, é uma das principais reivindicações dos manifestantes, assim como maior liberdade política. Pela lei, que outorga poderes especiais às forças de segurança, se pode interrogar qualquer indivíduo suspeito de pôr a segurança nacional em perigo, controlar as cadeias de comunicação privadas e impor a censura à imprensa.

Nos últimos dias, mais de 100 pessoas, incluindo dezenas de ativistas da oposição, morreram na Síria por uma série de protestos públicos exigindo reformas políticas, segundo dados de organismos humanitários e fontes da oposição. O regime de Damasco acusa forças estrangeiras não identificadas de fomentar esses protestos para criar uma instabilidade que nas últimas semanas atingiu outros países da região.

(Com agências France-Presse e Reuters)


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