Protesto pede libertação do opositor López, preso há um ano
Representantes da oposição pedem que Leopoldo López e outros presos políticos venezuelanos sejam liberados
Se na Argentina as pessoas saíram às ruas nesta quarta-feira para pedir justiça e homenagear o promotor que denunciou Cristina Kirchner, na Venezuela o dia foi de protestos pela prisão do dirigente opositor Leopoldo López, que completou um ano. Os manifestantes se reuniram na praça José Martí, em Caracas, onde ele se entregou à polícia chavista durante a onda de protestos contra o governo de Nicolás Maduro.
Integrantes do movimento estudantil e da sociedade civil, junto com a oposição representada pela coalizão Mesa da Unidade Democrática e a mulher de López, Lilian Tintori, manifestaram apoio ao político. Uma grande faixa pedia a libertação do líder do partido Vontade Popular, enquanto sua mulher lembrou que há outros presos políticos na Venezuela – que, para Maduro, são políticos presos.
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Aos manifestantes, a mulher de López disse que, quando seus filhos perguntam até quando o pai ficará preso, ele responde sempre: “O tempo que for necessário até que a Venezuela esteja livre”.
Outra liderança opositora, Henrique Capriles não compareceu ao protesto, mas lembrou a data em sua conta no Twitter. Ele escreveu que López “foi sequestrado por uma Justiça podre”. Acrescentou que uma nova Assembleia Nacional, com maioria favorável à mudança, dará liberdade a todos os presos políticos. “Queremos um país onde não haja presos políticos, onde a Justiça funcione de maneira igual para todos”, expressou.
López é acusado de incitação à violência nos protestos do ano passado. Se for condenado, ele pode ficar até 10 anos atrás das grades. A situação que levou os venezuelanos às ruas não mudou: o país segue afundando em graves problemas econômicos, com escassez de produtos básicos, inflação elevada e altos índices de criminalidade.