Promotoria rejeita acordo proposto por capitão do Costa Concordia
Francesco Schettino é considerado o principal responsável pelo naufrágio que matou 32 pessoas em janeiro do ano passado, na Itália
Promotores rejeitaram nesta terça-feira um acordo proposto pela defesa de Francesco Schettino, capitão do navio de cruzeiro Costa Concórdia, que naufragou em janeiro do ano passado. O acidente causou a morte de 32 pessoas. A proposta da defesa era para que Schettino cumprisse três anos e quatro meses de prisão, o que foi negado uma vez que ele é considerado o principal responsável pelo naufrágio.
O capitão é acusado de homicídio culposo (quando não há intenção de matar), de provocar o naufrágio e de abandonar a embarcação. Ele admitiu ter cometido erros, mas diz que não deve ser o único culpado pelo desastre. Outros cinco acusados de envolvimento no acidente tiveram seus acordos aceitos pela promotoria, incluindo quatro tripulantes e o coordenador de crise da empresa proprietária do navio. O juiz deve decidir até o fim desta semana se aprova ou não os acordos.
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Acidente – O Costa Concordia transportava 4.229 pessoas, sendo mais de 3.200 passageiros, quando encalhou na noite de 13 de janeiro do ano passado, próximo à Ilha Giglio, depois de bater numa rocha a 300 metros da costa. A defesa afirma que a exposição do caso na mídia prejudicou a situação de Schettino. A embarcação permanece encalhada na parede rochosa da Ilha Giglio.
Um áudio em que a guarda costeira ordena, furiosamente, que Schettino volte a bordo, chegou a virar frase estampada em camisetas na Itália.
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O advogado Francesco Pepe disse que só solicitou o acordo porque outros cinco envolvidos o fizeram, deixando o capitão isolado como o único réu a potencialmente ir ao tribunal. “Agora nós iremos à Corte. Nós queremos que todos os detalhes do que realmente aconteceu possam vir à tona”, afirmou Pepe.
(Com agência Reuters)