Um promotor italiano pediu que a estudante americana Amanda Knox seja condenada a trinta anos de prisão pela morte da britânica Meredith Kercher. O promotor Alessandro Crini também pediu que o ex-namorado de Amanda, o italiano Raffaele Sollecito, seja condenado a 26 anos de prisão. Os dois negam envolvimento no crime, ocorrido em 2007, em um flat que Meredith dividia com a americana em Perugia.
Para o advogado que representa a família de Meredith, a promotoria acertou ao solicitar a condenação de Amanda e Sollecito. “Nós apoiamos a condenação sugerida pela promotoria. O que nos interessa é que eles sejam condenados pelo crime, e não o número de anos da pena”, afirmou Francesco Maresca.
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Amanda foi condenada pela morte da britânica em 2009, após o seu DNA ser encontrado no cabo de uma faca, cuja lâmina continha o sangue da vítima. No entanto, uma reavaliação do material por especialistas independentes descobriu 54 “erros grosseiros” dos investigadores na coleta de provas, que foram desconsideradas. Amanda alega inocência e diz que estava no apartamento do namorado na noite em que a colega morreu.
Depois de uma apelação, a americana e Sollecito foram inocentados em 2011. No entanto, a absolvição foi anulada este ano pela Corte de Cassação italiana, depois de um pedido apresentado pela promotoria. Com medo de ser presa pelas autoridades italianas, Amanda se negou a comparecer às audiências realizadas no país. O novo julgamento teve início em setembro.
Nesta terça, segundo dia de considerações finais, o promotor defendeu a condenação de cada um dos dois réus a 26 anos de prisão por homicídio e adicionou quatro anos para Amanda por calúnia. A alegação é que a americana teria dito às autoridades que Patrick Lumumba, funcionário de um bar, estaria envolvido no crime. As investigações, contudo, provaram que ele era inocente. Lumumba passou várias semanas preso e venceu um processo por difamação movido contra Amanda.
Condenado em um julgamento realizado separadamente, o marfinense Rudy Guede cumpre pena de 16 anos de prisão pelo assassinato. A Suprema Corte italiana ressaltou, contudo, que são improváveis as alegações de que Guede teria cometido o crime sozinho.
(Com agência Reuters)