Tegucigalpa, 16 fev (EFE).- Uma mulher e 354 presos morreram no incêndio da noite de terça-feira na Colônia Agrícola Penal de Comayagua, na região central de Honduras, informou nesta quinta-feira a diretora de promotores do Ministério Público, Danelia Ferrera.
A mulher que morreu no incêndio, cuja identidade não foi revelada, estava registrada como visitante na prisão, mas não havia um aviso de sua saída, explicou Danelia aos jornalistas em Tegucigalpa sem dar mais detalhes a respeito.
A promotora acrescentou que dentro do presídio havia 852 pessoas, inclusive a mulher, e que dos detentos, 477 estão na prisão, enquanto 20 foram hospitalizados.
Dessa forma, as autoridades concluíram que não houve fugas, ao contrário do que haviam suspeitado a princípio. ‘Consideramos que não houve fugitivos em virtude que os dados coincidem com os números oficiais do centro penitenciário’, disse Danelia.
Após o incêndio, o porta-voz da Secretaria de Segurança, Héctor Iván Mejía, que citava fontes administrativas da prisão, tinha informado que o total de detentos na Colônia Agrícola Penal somava 852, sem mencionar a mulher.
Os corpos das 355 vítimas do incêndio agora estão em Tegucigalpa em processo de identificação por equipes de medicina legista, antes de serem entregues a seus familiares.
Oficialmente ainda se desconhecem as causas do incêndio, mas as autoridades trabalham com as hipóteses de um curto-circuito ou de um dos detentos ter queimado um colchão.
Segundo a governadora do departamento de Comayagua, Paola Castro, um dos presos ligou para ela na terça-feira pela noite para dizer que alguém tinha colocado fogo em um colchão.
‘Estamos queimando porque alguém botou fogo em um colchão e estamos quebrando os vidros do teto para salvar-nos, mas outros estão fracassando’, relatou o detento, segundo a governadora. EFE