Cairo, 2 jun (EFE).- A Procuradoria Geral ordenou neste sábado o envio do ex-presidente egípcio Hosni Mubarak à prisão de Tora, no sul do Cairo, depois que um tribunal o considerou culpado pelo assassinato de manifestantes durante a revolução que levou à queda de seu regime, informou a televisão egípcia.
Até agora, Mubarak, de 84 anos, estava internado no Centro Médico Internacional do Cairo por motivos de saúde.
A agência de notícias estatal ‘Mena’ assinalou que o procurador-geral, Abdel Meguid Mahmoud, ordenou o ingresso de Mubarak em Tora para cumprir a condenação de cadeia perpétua ditada hoje pelo Tribunal Penal do Cairo.
Também dispôs que seus dois filhos, Gamal e Alaa, continuem detidos nessa prisão, apesar de terem sido absolvidos hoje dos delitos de enriquecimento ilícito e abuso de fundos públicos.
Mubarak foi condenado por ‘participar do delito de assassinato e de tentativa de assassinato de manifestantes’ durante a revolução, da mesma forma que seu ex-ministro do Interior Habib al-Adli, segundo a sentença.
O código penal egípcio estipula que a cadeia perpétua é de 25 anos, dos quais 20 devem ser cumpridos na prisão e cinco em liberdade vigiada, sempre e quando o condenado demonstrar boa conduta e não constituir um perigo para a sociedade.
Em 12 de abril de 2011, Mubarak ingressou em um hospital de Sharm el-Sheikh, cidade à qual se transferiu após sua renúncia, em fevereiro desse ano, depois de sofrer um ataque cardíaco durante os interrogatórios judiciais.
O ex-presidente foi transferido a um centro médico do Cairo por causa do início de seu julgamento na capital, em 3 de agosto do ano passado, onde permaneceu hospitalizado até o momento. EFE