Londres, 31 jan (EFE).- O príncipe Andrew, filho da rainha Elizabeth II, continuou fazendo várias missões comerciais no exterior apesar de ter renunciado ao cargo de representante especial do Reino Unido por causa de seus vínculos com ditadores.
O duque de York, de 51 anos e segundo filho da soberana, foi até julho representante comercial do Reino Unido, mas se viu obrigado a renunciar ao serem revelados seus contatos com Jeffrey Epstein, condenando por abusos sexuais de menores, e com ditadores como o ex-líder líbio Muammar Kadafi.
A imprensa britânica informou nesta terça-feira que o príncipe Andrew fez 17 viagens ao exterior desde sua renúncia, entre elas a países como a Arábia Saudita e a China, em nome de Comércio e Investimento do Reino Unido, um departamento do Ministério para Empresas. Aparentemente, o duque se reuniu com personalidades do Catar, Malásia, Mongólia e Barein.
O deputado trabalhista Chris Bryant, que foi secretário para a Europa no último Governo do Trabalhismo, afirmou que o Governo de coalizão – entre conservadores e liberais-democratas – tem de esclarecer a situação do príncipe.
‘No ano passado, após fortes críticas, eles deixaram de contar com os serviços do duque de York, mas agora parece que tudo é normal. Não deveria existir nenhum segredo, principalmente se o contribuinte britânico paga pelas viagens do duque’, disse Bryant em declarações publicadas nesta terça pelo jornal ‘The Guardian’.
Ao apresentar no ano passado sua demissão, o duque disse que havia pensado em apoiar empresários do Reino Unido, como as pequenas empresas.
No entanto, o ‘The Guardian’ revelou que nos últimos meses o duque de York manteve encontros particulares com o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, e o titular de Economia, George Osborne, além do responsável de Cooperação Internacional, Andrew Mitchell. EFE
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