Presidente paraguaio critica sanções de Mercosul e Unasul
Para Franco, decisões dos grupos latino-americanos são 'ilegais' e 'ilegítimas'
O novo presidente do Paraguai, Federico Franco – que tomou posse do cargo no dia 22 de junho, após o impeachment de Fernando Lugo – classificou neste domingo como “ilegais” e “ilegítimas” as decisões do Mercosul e da Unasul de suspender o país dos blocos.
“O governo deplora as humilhantes sanções aplicadas ao Paraguai pelo Mercosul e pela Unasul por meio de decisões ditadas em aberta violação aos tratados vigentes, sem observar o devido processo e sem lhe conceder oportunidade para a defesa”, destacou Franco. “Portanto, essas decisões são consideradas pelo Paraguai como ilegais e ilegítimas”, ressaltou o governante em alusão às sanções aplicadas pelos blocos regionais numa cúpula conjunta em Mendoza (Argentina), realizada na sexta-feira passada.
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Relatório – O chefe de Estado, que substituiu Lugo no cargo, poucas horas após o impeachment no Legislativo, se expressou nesses termos durante a apresentação do relatório anual de gestão do Poder Executivo ao Parlamento. Franco, que era vice-presidente de Lugo desde 2008, levou o plano de governo ao Congresso para antecipar as diretrizes que pretende adotar para o restante do mandato, que termina no ano que vem.
O relatório de gestão é oferecido no dia 1º de julho de cada ano, em coincidência com a renovação das mesas diretoras das duas câmaras do Congresso, composto pelos mesmos membros que destituíram o Lugo em um julgamento político, no qual o ex-bispo foi acusado de mau desempenho de suas funções. Com um forte esquema de segurança montado no Legislativo e nos arredores, o novo mandatário fará seu discurso em uma sessão conjunta da Câmara dos Deputados e do Senado.
(Com agência EFE)