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Presidente do CNT líbio diz que federalismo põe em risco a unidade do país

Argel, 6 mar (EFE).- O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustafá Abdul Jalil, garantiu em discurso dirigido à nação que a iniciativa de uma Líbia federal lançada nesta terça-feira em Benghazi, põe em perigo a unidade do país. ‘Hoje, como CNT, estranhamos essas vozes que pedem a divisão da Líbia e solicito […]

Por Da Redação
6 mar 2012, 17h43
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  • Argel, 6 mar (EFE).- O presidente do Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio, Mustafá Abdul Jalil, garantiu em discurso dirigido à nação que a iniciativa de uma Líbia federal lançada nesta terça-feira em Benghazi, põe em perigo a unidade do país.

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    ‘Hoje, como CNT, estranhamos essas vozes que pedem a divisão da Líbia e solicito a todos os líbios a reunir-se em torno do CNT’, disse Jalil em Trípoli durante discurso transmitido pela televisão.

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    A declaração do líder líbio acontece poucas horas depois que cerca de três mil líderes tribais e políticos anunciaram em Benghazi a criação da ‘região federal unionista’ da Cirenaica (Barka, em árabe).

    ‘O CNT vê o que ocorreu hoje em Benghazi como o princípio de uma conspiração sobre a qual os líbios devem estar atentos’, disse o presidente do CNT.

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    Jalil comentou também que esta convocação ao federalismo era um ‘fato esperado’ devido ao fato desta região estar há um ano desfrutando sua independência e ‘o CNT e o governo transitório terem avançado muito lentamente para facilitar as questões administrativas’.

    Esta situação foi aproveitada, segundo Jalil, por aqueles que mantêm relações com países árabes, que não mencionou, e pessoas que se incorporaram tarde ao processo político do país, para provocar uma ruptura interna.

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    Neste sentido, Jalil pediu aos líbios que abordem com sabedoria este novo desafio ‘porque senão o país enfrentará um perigo, já que a comunidade internacional não vai permitir uma Líbia dividida, insegura e que não seja democrática’.

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    Sobre o CNT, insistiu que é a instituição que goza de ‘legitimidade internacional’ e ressaltou que estão comprometidos com o fim do centralismo e com ‘a formação de um país descentrado com mais de 50 conselhos locais’.

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    Um projeto cuja cristalização, segundo o chefe de Estado, avançará após a elaboração dos orçamentos do país, previstos para os próximos dias.

    Os três mil líderes tribais e políticos que se reuniram hoje em Benghazi também anunciaram a criação de um Conselho Regional de Transição para a administração dos assuntos desta região oriental.

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    Segundo o canal de televisão ‘Libiya al Ahrar’, este conselho regional será dirigido por Ahmad al Zabir al Sanusi e sua missão será também a de ‘defender o direito de seus cidadãos sob a égide das instituições do atual poder transitório’ de Trípoli.

    A região do leste de Líbia, que se estende desde Sirte até a fronteira egípcia, coincide com o território da antiga província do império romano da Cirenaica.

    No entanto, os participantes desta conferência não pediram a divisão da Líbia, mas insistiram que O CNT é ‘o símbolo da unidade do país e seu representante legítimo nos círculos internacionais’.

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    Desde o anúncio da realização desta conferência na semana passada surgiu o temor que esta estrutura política possa desembocar em uma divisão de fato do país.

    Vários ministros e políticos se lançaram a criticar a ideia do federalismo e insistiram no ‘programa de descentralização’ que está sendo elaborado pelo Executivo para dotar as regiões de maior autonomia.

    ‘O regime unionista nacional federalista é a eleição regional como estrutura de um estado líbio unido sob o amparo de um estado civil constitucional cuja lei é o islã’, assegura o comunicado final elaborado hoje em Benghazi.

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    Nesta segunda aconteceram manifestações em distintas cidades do país como Benghazi, Tobruk e Zintan, para criticar esta proposta e hoje vários sites convocaram concentrações em nível nacional.

    Após o triunfo do levante armado contra o regime de Kadafi, no último dia 20 de outubro, e inclusive antes, começaram a tornar-se latentes dois eixos de confronto entre as novas autoridades, um político-militar e outro regional.

    Por um lado, começou uma queda-de-braço entre o novo poder central encarnado pelo débil CNT e as milícias rebeldes e, por outro, uma rixa entre as principais cidades e regiões do país, especialmente Trípoli, Misrata e Benghazi. EFE

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