Islamabad, 8 fev (EFE).- O primeiro-ministro do Paquistão, Yousaf Raza Gilani, apelou nesta quarta-feira na Suprema Corte de sua decisão de convocá-lo para testemunhar no próximo dia 13 para apresentar acusações contra ele por suposto desacato.
Segundo a rádio estatal, o advogado de Gilani recorreu da ordem da corte, que em 2 de fevereiro anunciou sua intenção de processá-lo na audiência da próxima segunda-feira.
O motivo da decisão judicial é a recusa do Governo dirigido por Gilani de enviar uma carta às autoridades suíças para pedir a reabertura de um caso de corrupção contra o presidente paquistanês, Asif Ali Zardari, que foi arquivado em 2008.
A causa foi encerrada na Suíça a pedido do Governo paquistanês depois da aprovação de uma anistia que favoreceu centenas de políticos e permitiu o retorno do exílio da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, assassinada em dezembro de 2007, e de seu viúvo, Zardari.
O Supremo revogou esta anistia e considera que o Executivo de Gilani tem a obrigação de enviar esta carta às autoridades suíças, que deverão decidir depois se reabrem ou não a causa por suposta lavagem de dinheiro.
Se Gilani for condenado, poderá enfrentar uma pena de até seis meses de prisão e ver-se obrigado a renunciar à chefia de Governo.
Com a apelação apresentada, o Supremo agora pode desistir da convocação do premiê, adiar a audiência ou mantê-la para a próxima segunda-feira. EFE