Premiê da Holanda classifica manifestantes anti-restrições como ‘idiotas’
Cerca de 145 foram detidas no país durante os três dias de protesto contra as novas medidas de restrição para frear o avanço da Covid-19
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, criticou os protestos contra as medidas adotadas pelo governo para conter a nova onda da Covid-19, chamando a manifestação de “violência pura” feita por “idiotas”, prometendo processar todos os responsáveis.
Os distúrbios tiveram início na última sexta-feira, 19, e aconteceram em várias cidades espalhadas pelo país. Em entrevista à mídia holandesa, Rutte disse que sempre defenderá o direito de protestar, porém será contra aqueles que o utilizam para cometer violência contra os que defendem o país.
Ele afirmou ainda que a polícia e o judiciário farão tudo o que estiver ao seu alcance para localizar os responsáveis pelo motim. Durante os três dias de protestos, 145 pessoas foram presas em toda a Holanda e os policiais dispararam para dispersar a multidão em Roterdã, segunda maior cidade holandesa.
As manifestações são contra as novas medidas de isolamento e distanciamento social impostas pelo governo para conter a nova onda de Covid-19 na Europa. No último domingo, 21, a Holanda registrou mais de 20.600 novos casos, um aumento frequente que vem ocorrendo desde o início de outubro.
Essa não é a primeira vez que a população reage de maneira violenta às restrições. Em janeiro, manifestantes incendiaram as ruas e atacaram a polícia após um toque de recolher ser decretado em Roterdã.
A Holanda não é o único país europeu a decretar um novo isolamento social para frear o vírus. A Áustria iniciou o seu quarto lockdown nesta segunda-feira, 22, medida que levou milhares de pessoas às ruas. Uma multidão de 40.000 pessoas lideradas por membros de partido da extrema-direita marcharam por Viena pedindo o fim do que chamavam de ditadura.