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Premiê da Espanha será testemunha em caso que acusa sua esposa de corrupção

Pedro Sánchez dará depoimento a juiz no palácio da Moncloa, sua residência oficial, em 30 de julho. Sua mulher, Begoña, se recusou a depor na investigação

Por Da Redação
22 jul 2024, 09h26
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  • O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, foi convocado para depor como testemunha no caso que investiga sua esposa, Begoña Gómez, por suporta corrupção e tráfico de influência, informou o tribunal de Plaza Castilla nesta segunda-feira, 22.

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    Sánchez será entrevistado pelo juiz responsável pelo caso, Juan Carlos Peinado, no palácio da Moncloa, sua residência oficial, em 30 de julho.

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    O processo faz parte de uma investigação preliminar sobre a mulher de Sanchez, acusada de usar sua posição privilegiada para garantir patrocinadores para um curso de mestrado universitário que ela dirigia. Peinado justificou que o depoimento do primeiro-ministro seria “conveniente, útil e relevante” para estabelecer se houve, realmente, tráfico de influência.

    Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro espanhol em exercício é chamado a testemunhar num processo judicial desde que Mariano Rajoy foi convocado a depor, em 2017, no âmbito do caso de corrupção que levou à condenação de vários membros do Partido Popular (PP), de centro-direita.

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    Silêncio

    Gómez se recusou a testemunhar no julgamento contra ela por corrupção e tráfico de influência na sexta-feira 19. A audiência foi interrompida em cerca de 10 minutos após o seu advogado, Antonio Camacho, informar Peinado que Gómez usaria o direito de não testemunhar. Ela foi intimada pela Justiça no início de junho, decisão definida pelo premiê como “assédio político”, e esteve presente no tribunal pela primeira vez em 5 de julho.

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    Em declarações a jornalistas, Camacho afirmou que sua cliente “não testemunhou, não porque tenha algo a esconder , não porque não queira dar explicações, mas porque a sua defesa recomendou isso para ela”. Ele também alegou que “o procedimento carece de qualquer finalidade neste momento” e “ficou sem conteúdo”, porque os contratos atribuídos ao empresário Juan Carlos Barrabés foram enviados para a Procuradoria Europeia, que seria o objeto da investigação, segundo a defesa de Gómez.

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    Ameaça de renúncia

    Em abril, Sánchez ameaçou um pedido de renúncia diante das acusações contra a esposa, uma resposta ao que diz ser uma “operação de assédio e intimidação” por parte dos seus opositores políticos contra ele e sua família. Depois disso, decidiu permanecer no cargo para “proteger a democracia”.

    + Premiê espanhol ameaça renunciar pelo ‘assédio político’ à sua esposa

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    Na liderança do país desde 2018, o esquerdista Sánchez, de 52 anos, afirmou na época que a “gravidade dos ataques” que ele e a sua esposa estão sofrendo o levou a reavaliar seu cargo, em anúncio feito depois de um tribunal de Madri ter aberto uma investigação preliminar contra Gómez após uma denúncia feita pelo Manos Limpias (Mãos Limpas), um grupo ativista cujo líder tem ligações com a extrema direita. Em carta, ele disse que a resposta final sobre sua decisão seria dada nesta segunda-feira, prazo que foi cumprido.

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    Na carta, Sánchez disse que a queixa do Manos Limpias se baseava em “supostas reportagens” de sites de notícias cujas tendências políticas ele descreveu como “abertamente de direita e extrema direita”. Ele acrescentou que a esposa “defenderá a sua honra e cooperará com o sistema de justiça” para esclarecer fatos “tão escandalosos na aparência quanto inexistentes”.

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    O juiz responsável ordenou uma investigação preliminar com base nesses relatos da mídia online. 

    Sánchez acusou os seus adversários políticos – principalmente Alberto Núñez Feijóo, líder do conservador Partido Popular (PP), e Santiago Abascal, líder do partido de extrema direita Vox – de “colaborar com uma galáxia digital de extrema direita e com o Manos Limpias”. Segundo ele, seus opositores lançaram uma infundada “operação de assédio e intimidação por terra, ar e mar”, atacando sua esposa com objetivo de provocar o seu “colapso pessoal e político”.

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