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Premiê espanhol ameaça renunciar pelo ‘assédio político’ à sua esposa

Pedro Sánchez cancelou compromissos públicos e disparou contra oponentes após tribunal abrir inquérito sobre suposta corrupção de Begoña Gómez

Por Da Redação
Atualizado em 25 abr 2024, 09h15 - Publicado em 25 abr 2024, 09h04

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, cancelou nesta quarta-feira 24 todos os compromissos públicos durante o resto da semana e ameaçou renunciar ao cargo, depois de um tribunal abrir um inquérito contra sua esposa, Begoña Gomez, por suposta corrupção e tráfico de influência. Ele caracterizou o caso como uma “operação de assédio e intimidação” por parte dos seus opositores políticos.

Na liderança do país desde 2018, esquerdista Sánchez disse que a “gravidade dos ataques” que ele e a sua esposa estão sofrendo o levou a reavaliar seu cargo, acrescentando que revelaria a sua decisão na próxima segunda-feira, 29. O anúncio foi feito numa carta divulgada no X, antigo Twitter, horas depois de um tribunal de Madri ter aberto uma investigação preliminar contra Gómez após uma denúncia feita pelo Manos Limpias (Mãos Limpas), um grupo ativista cujo líder tem ligações com a extrema direita.

Na carta, Sánchez disse que a queixa do Manos Limpias se baseava em “supostas reportagens” de sites de notícias cujas tendências políticas ele descreveu como “abertamente de direita e extrema direita”. Ele acrescentou que a esposa “defenderá a sua honra e cooperará com o sistema de justiça” para esclarecer fatos “tão escandalosos na aparência quanto inexistentes”.

Sánchez acusou os seus adversários políticos – principalmente Alberto Núñez Feijóo, líder do conservador Partido Popular (PP), e Santiago Abascal, líder do partido de extrema direita Vox – de “colaborar com uma galáxia digital de extrema direita e com o Manos Limpias”. Segundo ele, seus opositores lançaram uma infundada “operação de assédio e intimidação por terra, ar e mar”, atacando sua esposa com objetivo de provocar o seu “colapso pessoal e político”.

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Oposição barulhenta

A denúncia pouco fez para aplacar os críticos de Sánchez. Um porta-voz do PP disse: “Ao invés de desaparecer durante cinco dias, o primeiro-ministro deveria fazer uma aparição urgente para fornecer uma explicação completa dos escândalos que o rodeiam, ao seu governo e à sua esposa. Lamentamos que Pedro Sánchez tenha optado pelo caminho do silêncio em vez da transparência… O seu problema não é apenas político; é fundamentalmente judicial.”

Sánchez – que garantiu um segundo mandato no ano passado, oferecendo uma anistia controversa aos separatistas catalães em troca do seu apoio no Congresso – é conhecido como um operador político astuto. Depois de ter sido afastado pelo seu próprio partido, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) em 2016, Sánchez conseguiu regressar à liderança da sigla no ano seguinte. Em 2018, ele usou um voto de desconfiança para derrubar o governo do Partido Popular (PP) e assumir como primeiro-ministro.

Dois anos mais tarde, Sánchez juntou-se ao partido Podemos, de esquerda, para formar o primeiro governo de coligação da Espanha em 80 anos.

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