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Prefeito de Pedro Juan Caballero morre após sofrer atentado

Político paraguaio José Carlos Acevedo foi atacado por pistoleiros na terça (17); cidade é vizinha de Ponta Porã (MS) e tem sido disputada por facções

Por André Sollitto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 22 Maio 2022, 13h25 - Publicado em 22 Maio 2022, 13h04

O político José Carlos Acevedo, 53, prefeito da cidade de Pedro Juan Caballero, na fronteira do Paraguai com o Brasil, foi morto após sofrer um atentado na tarde de terça-feira 17. Ao sair da prefeitura, pistoleiros abordaram seu carro e deram ao menos dez tiros no veículo. Acevedo foi socorrido e levado em estado grave para a um hospital da região, mas não resistiu. A morte cerebral havia sido anunciada pela equipe médica na tarde de sábado 21, e sua morte foi confirmada durante a noite.

A cidade faz divisa com Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul, e tem sido palco de diversas ações violentas relacionadas ao tráfico de drogas. O PCC (Primeiro Comando da Capital) tem atividades na região, usada pelos criminosos para transportar principalmente maconha e cocaína para o Brasil.

O governador do estado paraguaio de Amambay, Ronald Acevedo, irmão do prefeito, afirmou que “não há palavras” para descrever o ocorrido. Em outubro do ano passado, o governado perdeu a filha, Haylee Carolina Acevedo Yunis, 21, em uma chacina em Pedro Juan Caballero que vitimou outras três pessoas, incluindo dois brasileiros. Na ocasião, ele afirmou que a polícia local não tem armamento para competir com as facções criminosas.

Logo após a chacina, o governo paraguaio assinou com a Polícia Federal (PF) brasileira um acordo de instalação de um Comando Bipartite nas cidades de Pedro Juan Caballero e Ponta Porã que permitiria, segundo as autoridades paraguaias, o intercâmbio de informações entre as autoridades policiais, militares e de inteligência, para poder enfrentar a criminalidade transnacional. “Há décadas nessa parte do território o crime organizado entrou de forma transnacional, o que se intensificou nos últimos tempos através de pistoleiros e agressões”, afirmou o ministro do Interior do Paraguai, Arnaldo Giuzzio Benítez, na ocasião.

A atuação do PCC na região acontece há mais de uma década, mas vem ganhando força nos últimos anos. De acordo com relatório divulgado pela Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o Mato Grosso do Sul tem se tornado um importante corredor de drogas por conta da ampla fronteira com o Paraguai e pela facilidade com que criminosos conseguem transportar os narcóticos por terra. Essas drogas abastecem tanto o mercado interno brasileiro quanto a Europa e a África.

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