Portugal tem menor número de casos de Covid-19 em 6 meses
Após surto de infecções em janeiro, mês que concentrou 44% de todas as mortes da pandemia, país estabiliza contágios e sistema hospitalar
Portugal registrou nesta segunda-feira, 1, a quantidade mais baixa de novos casos confirmados do coronavírus desde setembro. Foram detectadas 394 infecções, de acordo com boletim da Direção Geral de Saúde (DGS), elevando o total para 804.965 desde o início da pandemia.
O dado positivo foi divulgado depois que o país bateu o recorde de casos diários em janeiro, com mais de 10.000 contágios.
O órgão ainda apontou a notificação de 34 mortes causadas pela Covid-19 nas últimas 24 horas. Não é o valor mais baixo já registrado – de junho a setembro, a quantidade diária de mortos geralmente não passava de 10 –, mas mantém a tendência de queda em relação ao pico de janeiro, quando o país registrou os dois dias mais mortais da pandemia, com 303 óbitos cada um.
Mais de 16.000 portugueses faleceram por complicações da Covid-19, 44% só em janeiro.
Além disso, depois de dois meses de estresse no sistema hospitalar, em que a ministra da Saúde, Marta Temido, considerava até mesmo enviar pacientes para outros países europeus, a pressão nos hospitais caiu e segue estável.
Atualmente, há 2.167 pacientes internados com sintomas da Covid-19, metade do registrado há duas semanas. Já nas unidades de terapia intensiva (UTIs), são 469 leitos ocupados, sendo que duas semanas antes eram 784.
Portugal, contudo, ainda está em estado de emergência, o nível de alerta mais alto possível no país. O governo também instaurou um regime de confinamento quase total que vigorará até, pelo menos, o próximo dia 16. Na tentativa de evitar a entrada das novas variantes do vírus no país, voos vindos e com destino ao Brasil, Reino Unido e África do Sul estão proibidos
Segundo o primeiro-ministro luso, António Costa, será anunciado daqui dez dias um plano de relaxamento de medidas, que acontecerá de forma gradual, com as escolas sendo as primeiras a serem reabertas.
(Com EFE)