Como os vizinhos da América do Sul tentam evitar o ‘Risco Brasil’
Cada vez mais, eles estão tomando medidas para se isolar do país
- Argentina
Cada vez mais, os vizinhos sul-americanos estão tomando medidas para se isolar do Brasil por conta do Covid-19. No sábado 13, o governo argentino cortou mais 20% dos voos que saem daqui. O tráfego aéreo já tinha sido alvo de uma redução de 50% no início do ano. Também foi prorrogado até 9 de abril o decreto que impede a entrada via terrestre no país — as exceções são para brasileiros residentes na Argentina ou que tenham o documento de identidade de lá. A ministra da Saúde, Carla VIzzotti, disse que, com a nova cepa, o Brasil tem “um aumento preocupante de casos” de Covid-19.
- Chile
Desde 11 de março, qualquer pessoa vinda do Brasil é encaminhada a “residências sanitárias”, geralmente hotéis custeados pelo governo chileno. O local serve para cumprir uma quarentena do covid-19 a fim de garantir que o visitante não está assintomático. O objetivo é evitar a disseminação de novas cepas.
- Peru
Voos que partem do Brasil estão suspensos, pelo menos até 31 de março. Para impedir a transmissão da variante brasileira do covid-19, não podem entrar também visitantes de outras nacionalidades que estiveram por aqui nos últimos catorze dias.
- Colômbia
O país está com todos os voos do Brasil suspensos em razão principalmente da preocupação com a variante amazônica do vírus — nesta semana, foi confirmada a primeira morte de um colombiano em decorrência da nova cepa. O transporte de cargas entre os países funciona com rígidos protocolos sanitários de segurança e todos que chegam têm de cumprir catorze dias de quarentena. A preocupação chegou a tal ponto que o presidente Iván Duque cancelou a viagem que faria ao Brasil em 23 de março para cumprir agenda com o presidente Jair Bolsonaro.
Publicado em VEJA de 24 de março de 2021, edição nº 2730