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Polônia prende dezenas de imigrantes na fronteira com Belarus

Chefe de direitos humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet classificou a situação como 'intolerável'

Por Ernesto Neves Atualizado em 10 nov 2021, 14h49 - Publicado em 10 nov 2021, 14h10
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  • A crise de imigrantes na fronteira entre a Polônia e o Belarus segue numa escalada explosiva de tensão.

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    Nesta quarta-feira (10), autoridades polonesas aumentaram o contingente de policiais e militares na região fronteiriça, e realizaram dezenas de prisões.

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    Entidades de direitos humanos calculam que 4.000 pessoas estejam acampadas na fronteira entre os dois países. As condições são extremamente precárias e há barracas montadas até dentro de florestas.

    A Comissária de Direitos Humanos da ONU, Michelle Bachelet, pediu aos dois países que diminuam o que classificou como “intolerável”.

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    Bachelet também disse que os imigrantes retidos na fronteira não devem passar a noite sem abrigo, já que a região vem enfrentando temperaturas negativas nos últimos dias.

    “Faço um apelo aos dois países para que resolvam esta situação intolerável”, afirmou Bachelet. 

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    “Essas centenas de homens, mulheres e crianças não devem ser forçados a passar outra noite em um clima congelante sem abrigo adequado, comida, água e cuidados médicos”, disse ela.

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    “De acordo com o direito internacional, ninguém deve ser impedido de buscar proteção”, concluiu. 

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    Bachelet pediu ainda que os dois países permitam o acesso de trabalhadores humanitários, advogados e jornalistas às pessoas presas.

    E que tanto as ações de Varsóvia quanto de Minsk “incluindo o aumento do envio de tropas – e a retórica inflamatória” aumentaram a vulnerabilidade e os riscos enfrentados pelos imigrantes.

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    As palavras de Bachelet, porém, surtiram pouco ou nenhum efeito sobre as autoridades locais.

    Já durante a manhã de quarta, o governo de Varsóvia avisou que enviou milhares de soldados à fronteira após imigrantes tentarem atravessar a fronteira ilegalmente na última madrugada.

    Em Minsk, o ditador Alexander Lukashenko acusou as forças de segurança polonesas de “empurrar ilegalmente” os requerentes de asilo de volta ao território do Belarus.

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    A Polônia e outros estados membros da União Europeia acusam o Belarus de encorajar os refugiados a cruzar a fronteira como forma de se vingar contra as sanções que o país vem sofrendo.

    Boa parte do Ocidente impôs barreiras econômicas a Minsk como punição pela fraude nas eleições presidenciais de 2020, que deu ao ditador Lukashenko seu sexto mandato.

    Os 27 embaixadores da União Europeia já concordaram que o número crescente de imigrantes na fronteira faz parte de uma guerra de nervos empreendida por Lukashenko.

    Esse entendimento abre a possibilidade de que sejam impostas novas sanções ao país.

    Centenas de policiais e militares cercaram a fronteira e prenderam imigrantes
    Centenas de policiais e militares cercaram a fronteira e prenderam imigrantes (Getty/Getty Images)
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