Roma, 10 fev (EFE).- Os carabineiros italianos (polícia militarizada) prenderam nesta sexta-feira Rocco Aquino, um dos supostos chefes da máfia calabresa – a Ndrangheta -, incluído na lista dos 100 foragidos mais perigosos da Itália.
Aquino, de 51 anos, conhecido como ‘o coronel’, foi capturado no interior de um bunker construído no sótão de sua casa na localidade calabresa de Marina di Gioiosa Ionica, sul da Itália, informou a imprensa italiana.
Segundo os investigadores, Aquino, considerado o chefe do clã homônimo integrante da máfia calabresa, supostamente fazia parte da cúpula da mencionada organização criminosa.
Desde julho de 2010 havia um mandado de busca e apreensão em vigor contra ele, que na época conseguiu escapar de uma operação policial realizada em toda a Itália, batizada com o nome de ‘Crime’, que concluiu com a detenção de 300 mafiosos.
O promotor-adjunto da Diretoria Antimáfia de Reggio Calabria, Nicola Gratteri, ressaltou que a prisão de Aquino é significativa, pois ele representa o chefe do clã e porque se demonstrou que a Ndrangheta não é invencível, eliminando qualquer forma de ‘mitificação do personagem’.
A Ndrangheta é considerada a mais potente e sanguinária das organizações criminosas italianas. Além da máfia da Calábria, o sul da Itália também conta com a presença da Cosa Nostra, na Sicília; da Camorra, em Nápoles; e da Sacra Corona Unita, na Apúlia. EFE