A polícia do Tennessee, nos Estados Unidos, disse nesta terça-feira, 1, que conseguiu impedir um ataque a tiros em uma escola judaica no estado. Embora tenha disparado a arma do lado de fora da instituição, o suspeito fugiu do local em uma caminhonete com placa da Califórnia, sendo interceptado em seguida.
“Pessoalmente, acredito que evitamos uma tragédia”, disse o subchefe de polícia municipal de Memphis, Don Crowe, durante uma coletiva de imprensa. “Acho que o suspeito ia ferir alguém antes do fim do dia e que nossos policiais foram capazes de intervir e proteger os cidadãos”.
Ao receber a denúncia do incidente, agentes de segurança se deslocaram de East Memphis, onde a escola Hebraica Margolin/Feinstone Yeshiva do Sul está localizada, e rastrearam o veículo até a cidade vizinha de Bartlett. A caminhonete foi parada por um dos policiais, que atirou no suspeito ao perceber que ele ainda portava a pistola usada na tentativa de ataque. Ele foi levado para um hospital próximo, e seu estado de saúde é considerado crítico.
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Com a finalidade de entender as causas do episódio, a Agência de Investigação do Tennessee e o FBI abriram uma investigação sobre o caso. Até o momento, o atirador não foi identificado, apesar de legisladores americanos especularem que se trata de um ex-aluno. Sem fornecer a origem da informação, o congressista democrata Steve Cohen alegou que o suspeito seria um homem judeu.
“Estou satisfeito que a academia tenha uma segurança eficaz e que a polícia tenha agido rapidamente para proteger os alunos”, disse Cohen em comunicado nas redes sociais.
I was shocked to learn of the senseless incident that took place today at Margolin Hebrew Academy in #Memphis, and relieved at reports that no one at the school was injured.
Pleased that the academy had effective security, and that the police acted quickly to protect students. https://t.co/dNWsOzJKyG
— Steve Cohen (@RepCohen) August 1, 2023
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Em resposta ao episódio, um porta-voz da Secure Community Network, instituição que trabalha na defesa comunidade judaica na América do Norte e que presta serviços para a escola, reforçou as declarações de que o atirador é judeu, definindo o incidente como de “natureza pessoal”.
Uma pesquisa da organização sem fins lucrativos Gun Violence Archive registrou 131 tiroteios em massa no primeiro trimestre deste ano em todo o território americano. Nesse período, 195 pessoas morreram e outras 503 ficaram feridas nos atentados. Em março, um ataque à escola cristã The Covenant School, em Nashville, também no Tennessee, fez seis vítimas: três crianças e três adultos.