Polícia chinesa mata oito pessoas após “ataque terrorista”
Ação aconteceu na região de Xinjiang, palco de revoltas separatistas islâmicas
A polícia chinesa afirmou nesta segunda-feira que matou oito “criminosos” e deteve outro durante um ataque contra uma delegacia da região de Xinjiang, no noroeste do país. O ataque aconteceu em Yarkand, município que faz parte da antiga Rota da Seda, destino que atrai turistas no extremo sul de Xinjiang.
“Por volta das 06h30, nove bandidos portando facas atacaram uma delegacia policial em Yarkand, condado de Kashgar, jogando explosivos e ateando fogo em carros de polícia”, diz o breve comunicado emitido pelas autoridades. Segundo a versão oficial, a polícia reagiu ao ataque e matou oito dos nove agressores. “A polícia tomou medidas decisivas, disparando contra os bandidos. Oito morreram e um foi capturado”, prossegue o comunicado, que classifica o incidente como um “ataque terrorista violento”, que está sendo investigado.
Leia também
China: confronto entre policiais e rebeldes deixa 16 mortos
China acusa grupo islâmico de planejar ataque na Praça da Paz Celestial
O governo chinês atribui esse fato e outros ocorridos na zona a grupos terroristas que buscam a criação de um país independente, o Turquestão Oriental, em Xinjiang. Localizada no extremo oeste da China, a província de Xinjiang possui uma significativa população muçulmana da etnia uigur e é frequentemente palco de revoltas e protestos separatistas.
No início deste mês a polícia abriu fogo e matou catorze pessoas durante um tumulto próximo a Kashgar. Dois policiais também foram mortos pelos manifestantes. Para analistas internacionais, a ligação do movimento islâmico da região com redes de terroristas internacionais é limitada e a China costuma exagerar ameaças do grupo para justificar duras medidas de segurança na região que objetivam controlar dissidentes e levantes populares ocasionais.