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‘Perverso’: ministro da Itália critica adesão à Nova Rota da Seda chinesa

Guido Crosetto afirma que a decisão do governo de aderir a esquema de infraestrutura não ajudou nas exportações italianas

Por Da Redação
31 jul 2023, 11h19

O ministro da Defesa italiano, Guido Crosetto, chamou a decisão da Itália de aderir ao esquema de infraestrutura chinês conhecido como Nova Rota da Seda de “perversa” nesta segunda-feira, 31. Segundo ele, o governo italiano está avaliando se seguirá como parte do projeto.

Em entrevista ao jornal italiano Corriere della Sera, Crosetto disse que a medida pouco fez para ajudar as exportações do país. Com nome oficial de Iniciativa do Cinturão e Rota, como foi cunhada pelo líder chinês, Xi Jinping, em 2013, o programa de Pequim tem como objetivo ligar todos os continentes por rotas terrestres e marítimas para favorecer suas exportações, com investimento da ordem de US$ 8 trilhões.

“A escolha de ingressar na Rota da Seda foi um ato improvisado e perverso, feito pelo governo de Giuseppe Conte, que levou a um resultado duplamente negativo”, disse Crosetto. “Exportamos uma carga de laranjas para a China, eles triplicaram as exportações para a Itália em três anos. O mais ridículo então era que Paris, sem assinar nenhum tratado, naquela época vendia aviões para Pequim por dezenas de bilhões.”

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A Itália aderiu à Nova Rota da Seda em 2019, se tornando o único grande país ocidental e o único país do G7, grupo das economias avançadas, no programa.

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A iniciativa gera bilhões de dólares aportados em projetos de infraestrutura todos os anos. Foi responsável por investir na pavimentação de rodovias de Papua Nova Guiné ao Quênia, construir portos do Sri Lanka à África Ocidental e fornecer infraestrutura de energia e telecomunicações para pessoas da América Latina ao Sudeste Asiático.

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Por outro lado, críticos veem a Nova Rota da Seda como uma forma da China espalhar sua influencia pelo mundo. De acordo com Crosetto, a questão agora é como a Itália pode se retirar do programa sem prejudicar as relações com Pequim. Ele descreveu a nação asiática como “um concorrente, mas também um parceiro”.

A adesão da Itália à iniciativa chinesa expira em 2024. No início deste ano, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, disse que era possível ter “boas relações” com a China fora do esquema.

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