Pequim acusa Japão de tentar ‘reescrever a história’
Ministro japonês presta homenagens a criminosos de guerra e irrita chineses
O governo da China fez novas críticas nesta quinta-feira contra a visita de um político japonês ao santuário Yasukuni e acusou Tóquio de querer “reescrever a história da II Guerra Mundial”. O ministro japonês do Interior Yoshitaka Shindo visitou o santuário de Yasukuni em Tóquio, um símbolo do imperialismo japonês e tradicional ponto de atrito com a China e Coreia do Sul.
“Os chineses e os povos da Ásia não permitirão que o Japão volte atrás na história”, ressaltou em comunicado a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores Hua Chunying, citada pela agência estatal Xinhua. A visita de Shindo “mostra mais uma vez a perigosa intenção por parte do Japão de esconder seus crimes de guerra e desafiar os resultados da II Guerra Mundial e a ordem internacional após o conflito”, disse Hua. Ela também declarou que “é mais uma provocação de membros do Gabinete japonês em relação a questões históricas”.
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A visita do ministro japonês na quarta-feira aconteceu menos de uma semana depois do primeiro-ministro Shinzo Abe ser criticado pela comunidade internacional por também ter visitado o santuário de Yasukuni em Tóquio, que presta homenagem aos milhões de soldados caídos do Exército Imperial japonês entre 1853 e 1945. A visita de Abe a Yasukuni foi a primeira de um chefe de governo desde 2006.
O ministro do Interior, conhecido por seus duros posicionamentos nos conflitos territoriais do Japão com seus vizinhos, já visitou o santuário em outubro passado por causa do Festival de Outono – quando também foi duramente criticado por Pequim e Seul.
O santuário Yasukuni homenageia, entre outros, catorze criminosos de guerra. A China e a Coreia do Sul, países que sofreram com a violenta invasão japonesa durante a II Guerra Mundial consideram o local como um símbolo do colonialismo e militarismo japonês.
(Com agência EFE)