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Peña Nieto, a imagem de um PRI renascido e que busca esquecer o passado

Enrique Peña Nieto, que segundo os resultados preliminares é o virtual vencedor das eleições presidenciais do México, realizadas no domingo, é o produto mais carismático do partido que governou durante 71 anos e ao qual tenta dar uma imagem de modernidade, apesar de alguns de seus opositores o criticarem por um passado autoritário e corrupto. […]

Por Por Pablo Pérez
2 jul 2012, 14h36
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  • Enrique Peña Nieto, que segundo os resultados preliminares é o virtual vencedor das eleições presidenciais do México, realizadas no domingo, é o produto mais carismático do partido que governou durante 71 anos e ao qual tenta dar uma imagem de modernidade, apesar de alguns de seus opositores o criticarem por um passado autoritário e corrupto.

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    Com um rosto que atrai as mulheres e encenações bem ensaiadas em seus atos de campanha, este graduado em Direito com mestrado em Administração de empresas de 45 anos será o novo dirigente do país.

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    Um resultado preliminar oficial mostrava nesta segunda-feira que, com 92,26% das urnas apuradas, Peña Nieto obtinha 37,89% dos votos, à frente de López Obrador, com 31,85%, e de Josefina Vázquez Mota, com 25,46%.

    Nascido em uma família de tradição política em Atlacomulco, município situado no estado do México (centro) e base de um importante grupo de poder do PRI, Peña Nieto nutre há anos uma imagem de “presidenciável”.

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    Três de seus parentes foram governadores do estado do México, todos eles do PRI, partido ao qual se afiliou aos 18 anos.

    Através de Arturo Montiel, que o precedeu no governo do México (2005-2011) e a quem, uma vez nesse cargo, exonerou das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, foi subindo postos no partido político até chegar a secretário de Administração do governo de seu mentor (2000-2002).

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    Peña Nieto formou seu próprio grupo político, os “Golden Boys”, e em 2003 conquistou seu primeiro cargo de eleição popular ao obter um assento no Congresso estatal, mas ocupou o posto por apenas por dois anos, já que em 2005 o deixou para se candidatar ao governo de seu estado natal, o mais povoado do país.

    Depois de conquistar uma vitória contundente, começou a aparecer como o candidato ideal de um PRI dividido e desacreditado que ficou em terceiro lugar na eleição presidencial de 2006.

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    Durante a disputa pela Presidência do país, na qual não teve rivais em seu partido, foi acusado de gastar milhões de dólares nos últimos anos para se promover na Televisa, a principal rede de televisão do país.

    Com seu característico e impecável topete e seu rosto de galã de telenovela, teve que lutar durante sua campanha para se desvincular dos velhos rótulos de corrupto e autoritário que o PRI não consegue deixar para trás, apesar de ter dado sete décadas de estabilidade ao México.

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    “Meu compromisso é mudar o México (…) O passado já está escrito, mas a partir de hoje temos esta nova luz, temos a oportunidade de escrever uma nova página na história do México”, disse no lançamento de sua campanha no fim de março.

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    Uma das sombras que pairaram sobre sua campanha são os graves abusos, incluindo as mortes de duas pessoas e os estupros de mais de 20 mulheres, cometidos pela polícia ao reprimir um conflito social na localidade de San Salvador Atenco, algo que lembra – para muitos – outros massacres ocorridos no longo reinado do PRI (1929-2000).

    Os apuros por que passou quando precisou improvisar, como em novembro, quando, em uma feira do livro, confundiu títulos e autores após ser perguntado por seus autores favoritos, ou como quando não soube dizer o preço de uma tortilha, alimento básico dos mexicanos, são incidentes que valeram ao candidato a fama de vazio e superficial, mas não prejudicaram a sua popularidade.

    Peña Nieto não tem apenas a aparência de um ator, sua vida pessoal também parece tirada de um roteiro de telenovela mexicana.

    Casado aos 28 anos com Mónica Petrelini, com quem teve três filhos, ficou viúvo 13 anos depois, quando já era governador, depois da morte de sua esposa em um ataque de epilepsia.

    Algum tempo depois, reconheceu que havia concebido outros dois filhos (um dos quais morreu jovem com câncer) com duas mulheres, durante sua campanha para o governo.

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    Quase dois anos depois de ficar viúvo, iniciou um relacionamento com Angélica Rivera, uma popular protagonista de telenovelas, com quem se casou em 2010, após um romance seguido amplamente pelos tablóides.

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