Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Pela primeira vez, Vietnã reconhece que ser LGBT não é doença

Em decisão vista como histórica, Ministério da Saúde do país declarou que orientação sexual não é passível de tratamento médico

Por Da Redação Atualizado em 24 ago 2022, 11h06 - Publicado em 24 ago 2022, 10h57

O Ministério da Saúde do Vietnã declarou, pela primeira vez, que ser homossexual, bissexual ou transgênero não deve ser considerado como doença. A decisão histórica foi vista como uma “enorme mudança de paradigma” nas atitudes do governo em relação à diversidade sexual.

O anúncio, enviado aos departamentos de saúde provinciais e municipais no início deste mês, orienta que os médicos não devem “interferir nem forçar o tratamento” em pacientes LGBTQIA+ e devem tratar esse grupo com o devido respeito, sem discriminação.

+ Singapura vai descriminalizar o sexo entre homens

A campanha reconhece que a homossexualidade “não é totalmente uma doença”, por isso, “não pode ser ‘curada’ nem convertida de forma alguma”.

O avanço, ainda que tímido, foi visto como o início de uma revolução nas políticas vietnamitas.

Continua após a publicidade

“Embora as atitudes não mudem da noite para o dia, isso marca uma enorme mudança de paradigma”, disse Kyle Knight, pesquisador da Human Rights Watch, organização internacional não governamental que defende e realiza pesquisas sobre os direitos humanos. 

+ Série infantil da Netflix com beijo lésbico revolta cristãos

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Knight estimou que, por ter sido emitido pelo Ministério da Saúde, a mais confiável de autoridade médica no Vietnã, o anúncio poderá gerar um grande impacto sobre as percepções da sociedade sobre a população LGBTQIA+.

“O mito de que a homossexualidade é diagnosticável tem permeado e permeado a sociedade vietnamita. É um fator subjacente à negligência médica contra jovens que se identificam com a sigla”, disse o pesquisador.

Continua após a publicidade

+ Uniforme do orgulho LGBTQ+ provoca boicote em time de Rugby da Austrália

Em novembro, a campanha “Leave with Pride” do Instituto de Estudos da Sociedade, Economia e Meio Ambiente (iSEE) fez uma petição à Organização Mundial da Saúde (OMS) para afirmar que ser gay não é uma doença.

Em abril, o representante da OMS no Vietnã, Kidong Park, divulgou uma declaração confirmando que qualquer tentativa de mudar a orientação sexual de pessoas LGBTQ+ “não tem base médica e é inaceitável”.

A iSEE, que luta pelos direitos das minorias vietnamitas, reivindica junto a outros grupos ativistas do país a implementação de legislações que permitam o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.