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Pastor evangélico chinês é condenado a 9 anos de prisão por ‘subversão’

Wang Yi se recusava a legalizar igreja por defender que a ideologia do Partido Comunista é 'moralmente incompatível com a fé cristã'

Por Da Redação
Atualizado em 30 dez 2019, 15h33 - Publicado em 30 dez 2019, 15h30

O pastor de uma das igrejas “caseiras” mais conhecidas da China, Wang Yi, foi condenado a nove anos de prisão nesta segunda-feira, 30, após ser acusado de subversão do poder estatal e de operar o templo sem permissão. Wang, da Igreja do Convênio Chuva Precoce, em Chengdu, estava preso desde dezembro de 2018, quando a polícia chinesa deteve dezenas de membros e líderes cristãos da igreja. A maioria dos presos foi solta ao longo deste ano.

A Constituição chinesa garante a liberdade religiosa, mas desde que Xi Jinping assumiu a Presidência do país há seis anos seu governo vem endurecendo as restrições a religiões vistas como desafiadoras da autoridade do Partido Comunista.

O governo de Xi vem reprimindo igrejas clandestinas, tanto protestantes quanto católicas, e adotou uma nova legislação para aumentar a supervisão da educação e das práticas religiosas, com punições mais severas para aquelas não sancionadas pelas autoridades.

“O veredicto de hoje zomba das supostas liberdades religiosas da China”, disse Patrick Poon, pesquisador da Anistia Internacional para a China, em um comunicado. “Wang Yi estava meramente praticando sua religião e defendendo os direitos humanos na China pacificamente. A pena de nove anos é horrorosa e injusta.”

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A lei chinesa exige que locais de culto sejam registrados e se submetam à supervisão governamental, mas alguns se recusaram a se legalizar e são conhecidos como igrejas “caseiras” ou “clandestinas”.

Wang foi retratado em The Souls of China, livro de 2017 do jornalista Ian Johnson, sediado em Pequim. Também foi um de três cristãos chineses que viajaram em 2006 a Washington, onde se encontraram com o ex-presidente George W. Bush e pediram seu apoio à luta pela liberdade religiosa. Figura pública, Wang criticou Xi abertamente e disse em um ensaio escrito antes de sua detenção que a ideologia do Partido Comunista é “moralmente incompatível com a fé cristã”.

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