Partido da oposição Tagammu deixa diálogo com governo
Decisão é baseada 'na recusa do regime em atender ao mínimo das exigências'
Um dos partidos esquerdistas da oposição egípcia, Tagammu, conhecido por se mover dentro dos limites impostos pelo presidente Hosni Mubarak, afirmou nesta quinta-feira que está se retirando do diálogo nacional por reformas no país.
O Tagammu, que controla algumas cadeiras no Parlamento, informou em comunicado que sua decisão é baseada “na recusa do regime em atender ao mínimo das exigências do povo”. A legenda também criticou um comentário do vice-presidente Omar Suleiman, que afirmou na última quarta-feira que a alternativa ao diálogo poderia ser um “golpe”.
O partido, liderado pelo senador Rifaat al-Said, normalmente age como uma oposição leal e se recusou a unir-se aos outros partidos no boicote às contestadas eleições parlamentares de novembro. Tem apoio bem menor que a Irmandade Muçulmana, grupo fundamentalista que ainda não decidiu se pretende deixar o diálogo, mas exige a saída imediata de Mubarak do cargo.
O governo afirmou que os partidos envolvidos no diálogo concordaram com a formação de um comitê para avaliar reformas constitucionais na primeira semana de março. A Irmandade Muçulmana disse que os resultados do encontro “foram insuficientes” e vários grupos por trás das manifestações no país rejeitaram a oferta do regime por diálogo enquanto a principal exigência deles, a renúncia do ditador, não for atendida.
(Com Agência Estado)