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Parlamento da Tailândia elege primeira-ministra mais nova da história

Paetongtarn Shinawatra faz parte da família mais influente na política do país; Escolha ocorre após Justiça afastar ex-premiê em decisão polêmica

Por Da Redação
16 ago 2024, 08h52
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  • Thailand's new Prime Minister Paetongtarn Shinawatra, known by her nickname "Ung Ing" and daughter of former prime minister Thaksin Shinawatra, gestures during a press conference in Bangkok on August 16, 2024. Thai lawmakers on August 16 appointed the 37-year-old daughter of billionaire Thaksin Shinawatra as prime minister, elevating a third member of the influential but divisive clan to the nation's top job. (Photo by Chanakarn Laosarakham / AFP)
    A nova primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, conhecida pelo apelido "Ung Ing" e filha do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra. 16/08/2024 - (Chanakarn Laosarakham/AFP)

    O parlamento da Tailândia elegeu Paetongtarn Shinawatra como primeira-ministra nesta sexta-feira, 16, a pessoa mais jovem a ocupar o cargo na história do país. Filha do ex-premiê Thaksin Shinawatra, foi alçada ao poder aos 37 anos em meio a uma crise política, que viu a Justiça afastar um aliado de seu pai, Srettha Thavisin, do posto que ela agora ocupa por suposta violação da Constituição – o quarto premiê tailandês em 16 anos a ser destituído pelo Tribunal Constitucional.

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    Em jogo para Paetongtarn estão o legado e o futuro político da bilionária família Shinawatra, cuja força populista, outrora imparável, sofreu no ano passado a primeira derrota eleitoral em mais de 20 anos, vendo-se obrigada a fazer um acordo com seus inimigos para formar um governo: a elite política conservadora e a velha guarda militar monarquista.

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    Ela é a segunda mulher a ser primeira-ministra da Tailândia e a terceira pessoa da família Shinawatra. Na primeira declaração após ser eleita, Paetongtarn disse ter ficado  triste e confusa com a destituição de Srettha.

    “Conversei com Srettha, minha família e pessoas do meu partido e decidi que era hora de fazer algo pelo país e pelo partido”, disse ela a repórteres. “Espero poder fazer o meu melhor para fazer o país seguir em frente. É isso que estou tentando fazer. Hoje estou honrada e me sinto muito feliz.”

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    A jovem venceu com ampla margem – 319 votos, ou quase dois terços da casa de 500 assentos. Adepta às redes, sua primeira reação após descobrir o resultado positivo foi postar no Instagram uma foto de seu almoço – arroz com frango – com a legenda: “A primeira refeição depois de ouvir a votação.”

    Aposta

    Paetongtarn nunca ocupou cargo público, e colocá-la na liderança do país é uma aposta arriscada para o partido Pheu Thai e seu chefe, Thaksin, 75 anos. Ela enfrentará desafios imediatos em várias frentes, com a economia afundando, a popularidade crescente de um partido rival enquanto sua própria legenda perde apelo, tendo ainda que fazer cumprir uma das principais bandeiras da administração de Srettha: um programa de distribuição de dinheiro no valor de 500 bilhões de bahts (R$ 77,8 bilhões).

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    A queda de Srettha após menos de um ano no cargo será lembrete gritante do tipo de hostilidade que Paetongtarn pode enfrentar. A Tailândia está presa em um ciclo tumultuado de golpes e decisões judiciais que dissolveram partidos políticos e derrubaram vários governos e primeiros-ministros.

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    Nove dias atrás, o mesmo tribunal que demitiu Srettha, acusando-o de violação de ética por nomear um ex-advogado que havia cumprido pena de prisão para o gabinete de governo, também dissolveu o partido anti-establishment Move Forward. A legenda venceu as eleições de 2023, mas virou alvo da corte devido a uma campanha para adicionar uma emenda à lei que proíbe insultos à coroa. Segundo os juízes, isso representou uma ameaça à monarquia constitucional.

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    O Move Forward, o maior rival do Pheu Thai, se reagrupou sob uma nova legenda, o Partido do Povo.

    Os acontecimentos nos últimos dias também indicam um colapso de uma trégua frágil firmada entre Thaksin e seus rivais políticos e militares, a mesma que permitiu seu retorno ao país, em 2023, após 15 anos de autoexílio e alçou o aliado Srettha ao cargo de primeiro-ministro.

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