Uma missão de seis congressistas do Brasil chegou na noite de quarta-feira a Tegucigalpa, para verificar a situação da embaixada brasileira em Honduras, onde está abrigado o presidente hondurenho deposto Manuel Zelaya, e apoiar o diálogo para resolver a crise no país. “Esta é uma missão do Congresso que traz ao povo de Honduras uma mensagem do povo brasileiro de que estamos felizes com o avanço no processo de negociação. A saída deve ser pacífica”, disse à imprensa Raul Jungman (PSB-PE), em seu desembarque.
Jugmann foi informado de que Zelaya e o presidente de fato, Roberto Micheletti, “estão conversando através de interlocutores” em torno do Acordo de San José, uma proposta do presidente da Costa Rica, Oscar Arias, para solucionar a crise desatada em junho. A delegação brasileira se reunirá nos próximos dois dias com diversos setores, incluindo a Suprema Corte, a Comissão de Direitos Humanos, o Congresso, partidos políticos e a Igreja. Os congressistas visitarão ainda nesta quinta-feira a embaixada do Brasil, para verificar a situação no local e conversar com o pessoal diplomático.
O deputado Ivan Valente, do PSOL, destacou que o Congresso brasileiro espera que haja uma “solução política” antes do fim do prazo de dez dias dado pelo governo de fato para que o Brasil defina o status de Zelaya na embaixada. No domingo passado, o governo de fato de Honduras ameaçou retirar o status diplomático da embaixada brasileira caso o Brasil não defina, dentro do prazo, a situação de Zelaya. O governo quer que o Brasil reconheça Zelaya como asilado na embaixada, o que o impediria de utilizar o local para atividade política, como ocorre no momento.
(Com agência France-Presse)