Familiares dos 44 tripulantes do submarino argentino ARA San Juan, desaparecido desde novembro do ano passado, se acorrentaram nesta quarta-feira (27) em frente da Casa Rosada, a sede do Executivo da Argentina. O grupo, de 22 pessoas, acampa no local para reivindicar que o governo de Mauricio Macri contrate uma empresa para buscar o submarino.
Segundo o jornal argentino Clarín, o governo iniciou um processo de licitação e, no fim de maio, foi selecionada a empresa espanhola Igeotest Geosciences para fazer novas buscas. Ainda assim, o trâmite para assinar o contrato tem demorado mais do que o previsto.
Com uma barraca montada ao lado das grades da Casa Rosada, bandeiras brancas e azuis e fotos dos tripulantes desaparecidos, os familiares prometem ficar acorrentados às grades até o governo resolver a contratação dessa ou de outra empresa.
“Já se passaram oito meses, e realmente não queremos mais mentiras. Queremos ação, que os procurem, que os encontrem e que se possa chegar à verdade. Nossas vidas estão paralisadas desde o dia 15 de novembro”, comentou o parente de uma vítima.
Segundo o jornal argentino La Nación, o grupo chegou a ser recebido pelo ministro da Defesa, Oscar Aguad, mas não há nenhum detalhes do encontro.
A empresa que venceu a licitação estimou em 110 dias o período de rastreamento da suposta área de desaparecimento do submarino, no Atlântico Sul. A previsão não leva em conta atrasos por más condições de tempo e por demora no deslocamento do porto até a zona de busca.
A busca pelo ARA San Juan foi malsucedida nos quase sete meses em que esteve ativa. Em 15 de novembro passado, o submarino perdeu completamente a comunicação com a base.
(Com EFE)