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Paraguai retira seu embaixador na Venezuela

Por norberto duarte
4 jul 2012, 19h44

O Paraguai anunciou nesta quarta-feira a retirada de seu embaixador na Venezuela e declarou “persona non grata” o embaixador de Caracas em Assunção, diante do que qualificou de “grave intervenção” por parte do chanceler Nicolás Maduro na crise que levou à destituição do presidente Fernando Lugo.

“Diante das graves evidências de intervenção” de funcionários venezuelanos “em assuntos internos” do Paraguai, o governo “dispôs nesta data a retirada de seu embaixador acreditado junto ao governo venezuelano”, Augusto Ocampos Caballero, informou a chancelaria.

O embaixador da Venezuela em Assunção, José Javier Arrúe de Pablo, foi declarado “persona non grata”, de acordo com o previsto na Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, acrescenta a nota.

Arrúe De Pablo não se encontra atualmente no Paraguai, pelo que resulta desnecessário fixar um prazo para que abandone o país diante da “medida disposta com efeito imediato”.

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A Justiça do Paraguai anunciou na segunda-feira o início de uma investigação sobre a suposta intromissão do ministro venezuelano de Relações Exteriores, Nicolás Maduro, que teria tentado mobilizar os comandantes militares paraguaios para evitar a destituição de Lugo em um julgamento político no Congresso.

A presença de Maduro e Prado no Palácio de Governo junto aos comandantes militares das três armas, poucos minutos antes de ser divulgado o veredicto do julgamento político contra Lugo, foi registrada por um vídeo divulgado nesta terça-feira por ordem do presidente paraguaio, Federico Franco.

Segundo o deputado José López, porta-voz da comissão da Câmara dos Deputados que ouviu o testemunho de um dos comandantes paraguaios, “está confirmado plenamente que o chanceler venezuelano e o embaixador equatoriano foram ao gabinete militar da presidência da República” no dia do impeachment.

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Na semana passada, a ministra da Defesa do Paraguai, Maria Liz García de Arnold, acusou Nicolás Maduro de convocar os comandantes militares a agir para defender Lugo, destituído em 22 de junho passado.

O chanceler Maduro “incitou os chefes militares a reagir a uma situação que afetava o presidente”. “Pediu que agissem naquele momento, de acordo com os acontecimentos”, em reunião que ocorreu uma hora antes da decisão do Senado que destituiu Lugo, afirmou a ministra.

Fernando Lugo foi destituído por “mau desempenho de suas funções em razão de ter exercido o cargo de maneira imprópria, negligente e irresponsável, trazendo o caos e a instabilidade política a toda a República”, segundo o Congresso paraguaio

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A origem da crise foi a morte de 11 trabalhadores sem-terra e de 6 policiais em um confronto armado no início de junho, durante a desocupação de uma fazenda.

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