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Para Cristina Kirchner, Crimeia e Malvinas são a mesma coisa

Presidente da Argentina afirma que referendo organizado na península ucraniana é tão sem valor quanto aquele organizado nas ilhas em 2013

Por Da Redação
19 mar 2014, 20h26

A presidente da Argentina, Cristina Kirchner, voltou a defender nesta quarta-feira a incorporação das britânicas Ilhas Malvinas ao território argentino. Até aí nada de novo. A curiosidade foi a lógica que a dignitária usou para defender sua posição: relacionar a questão com a crise na Crimeia.

Durante uma visita a Paris, onde se encontrou com o presidente François Hollande, Cristina acusou as “potências” de não aplicar aos argentinos o mesmo princípio de defesa da integridade territorial que está sendo usado para apoiar a Ucrânia em sua disputa com a Rússia pelo controle da península da Crimeia.

“Meu país sofre cerceamento territorial por parte da Grã-bretanha”, disse a presidente. Em seguida, Cristina passou a reclamar que o referendo ocorrido nas ilhas em março do ano passado, em que 99,8% dos habitantes optaram pela Grã-Bretanha é “tão sem valor” quanto o realizado na Crimeia no último domingo, onde a maioria dos eleitores optou pela associação com a Rússia.

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“Simplesmente não podemos defender a integridade da Crimeia e não a das Malvinas”, afirmou Kirchner. “Se carece de valor o (referendo) realizado na Crimeia, que está a poucos quilômetros da Rússia, tem menos valor ainda o referendo realizado em uma colônia ultramarina a mais de 13 000 quilômetros de distância”, completou.

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Resumindo: Cristina considerou o referendo ocorrido nas ilhas que estão sob controle britânico há quase dois séculos, e que contou com a supervisão de observadores estrangeiros, igual ao organizado em uma Crimeia recém-ocupada por tropas da Rússia e que não contou com supervisão alguma.

E Cristina não parou por aí. Ela também chegou ao ponto de indicar que o caso argentino é ainda mais grave que o ucraniano. “No final das contas, as Malvinas sempre foram argentinas, enquanto a Crimeia pertencia à União Soviética e foi entregue aos ucranianos por (ex-líder soviético Nikita) Khrushchev”, disse.

Também nesta quarta-feira, o Secretário de Assuntos Relativos às Ilhas Malvinas, Daniel Filmus, que chefia uma espécie de lobby oficial do governo argentino para promover a reinvindicação do país no exterior, disse em entrevista ao jornal Daily Telegraph esperar que a Grã-Bretanha mude sua posição e devolva o arquipélago. “As ilhas serão nossas”, disse.

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