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Para aplacar oposição, Medvedev promete reforma política

Em discurso no Parlamento, presidente minimizou protestos por fraude eleitoral

Por Da Redação
22 dez 2011, 06h49
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  • O presidente russo, Dmitri Medvedev, anunciou nesta quinta-feira que apresentará um projeto de reforma do sistema eleitoral, que inclui, entre outras inovações, a escolha direta dos chefes das entidades da Federação Russa e uma mudança do sistema de formação das comissões eleitorais. No início de dezembro, dezenas de milhares de russos protestaram em uma inédita jornada de mobilização contra o resultado das eleições legislativas vencidas pelo partido do primeiro-ministro Vladimir Putin.

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    “Considero necessário fazer com que a escolha dos chefes das entidades da Federação da Rússia aconteça por voto direto dos habitantes das regiões”, disse o chefe do Kremlin, ao apresentar seu relatório anual sobre o estado da nação no Parlamento. O presidente russo argumentou que é preciso “dar a todos os cidadãos ativos a possibilidade de participar da vida política” do país.

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    As eleições diretas dos chefes dos Executivos das regiões e repúblicas da Federação Russa foram eliminadas em 2005 após o atentado terrorista na cidade de Beslan, que matou mais de 300 pessoas, a maioria delas crianças. Medvedev propôs ainda modificar o sistema de eleição da Duma, com a criação de 225 circunscrições territoriais que elegeriam a metade dos 450 membros da Câmara Baixa.

    O governante se pronunciou a favor de ampliar a representação dos partidos políticos nas comissões eleitores e acrescentou que o processo de inscrição das legendas deve ser simplificado ao máximo. “Minha proposta é: uma solicitação respaldada por 500 pessoas que representem 50% das regiões do país e é preciso reduzir o número de assinaturas de eleitores necessárias para participar das eleições presidenciais da Rússia: até 300.000 (para os candidatos independentes) e até 100.000 para os candidatos de partidos sem representação parlamentar”, defendeu.

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    Sobre os protestos – Medvedev afirmou que sempre há pessoas descontentes com os resultados eleitorais, em alusão às denúncias de fraude no recente pleito parlamentar, mas advertiu que as autoridades não permitirão que “provocadores e extremistas” manipulem a população. “Não permitiremos que provocadores e extremistas incluam a sociedade em suas aventuras, não toleraremos a ingerência estrangeira em nossos assuntos internos”, disse.

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    O presidente russo destacou que os cidadãos têm o direito de expressar suas reivindicações mediante todas as formas legais, qualificando de “boa tendência” o aumento da atividade cidadã, mas ressaltou que a “Rússia necessita de democracia, não de caos”. “O fato de a sociedade mudar e os cidadãos manifestarem mais ativamente suas posições é um bom sinal, um sinal que nossa democracia se torna mais adulta”, acrescentou.

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    Como é de praxe, o chefe do estado pronunciou seu discurso no Salão de São Jorge do Grande Palácio do Kremlin e a intervenção é transmitida ao vivo pela televisão. A mensagem desta quinta é a última da gestão de Medvedev, que abriu mão de concorrer à reeleição em março do ano que vem e apoiou a candidatura de seu primeiro-ministro, Vladimir Putin, que já ocupou a chefia do estado entre 2000 e 2008.

    (Com agência EFE)

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