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Paquistão libera a pena de morte depois de ataque a escola

País tinha determinado uma suspensão da pena capital em 2008. Afeganistão amanhece de luto e forte esquema de segurança vai proteger o funeral coletivo

Por Da Redação
17 dez 2014, 08h06
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  • O primeiro-ministro do Paquistão, Nawaz Sharif, suspendeu nesta quarta-feira uma moratória sobre a pena de morte, um dia depois do ataque do Talibã a uma escola, que matou 132 alunos e 9 professores, disse um porta-voz do governo. O país começou nesta quarta os três dias de luto pela morte das 141 pessoas no ataque à escola na cidade de Peshawar, ao noroeste. Os sete terroristas que participaram do ataque também morreram, mas suas mortes não foram computadas no número oficial divulgado pelas autoridades. O atentado também deixou mais de 120 pessoas feridas, muitas com gravidade.

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    O ataque à escola administrada por militares, onde estudavam mais de 1.100 alunos, muitos deles filhos de membros do Exército, atingiu o coração da sociedade militar do Paquistão. A tragédia deixou o país em choque e aumentou a pressão sobre o governo para que se mobilize contra a insurgência do Talibã no Paquistão. “Foi decidido que a moratória sobre a pena de morte deve ser suspensa. O primeiro-ministro aprovou”, disse o porta-voz do governo Mohiuddin Wan, referindo-se à aprovação dada por Sharif, à decisão do comitê ministerial. A moratória foi imposta em 2008 e somente uma pessoa foi executada desde então. Com a suspensão, a pena de morte volta a fazer parte do rol de condenações do sistema judiciário paquistanês.

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    Um relatório do Justice Pakistan Project divulgado nesta quarta diz que aqueles que são condenados por terrorismo são com frequência torturados para confessar e têm negado o direito a um advogado, e que as recentes ações de repressão não têm sido bem-sucedidas em impedir novos ataques. “Parte dos réus cujos crimes não têm nenhuma relação com terrorismo foram condenados à morte em seguida a julgamentos extremamente injustos. Enquanto isso, ataques terroristas continuam incessantes”, disse o grupo.

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    Luto – O Paquistão amanheceu nesta quarta de luto, com bandeiras a meio mastro, colégios fechados e o início dos funerais, após o massacre na escola de Peshawar. Vigílias com velas e rezas em mesquitas em honra aos falecidos ocorreram ao longo de toda a noite em diferentes cidades paquistanesas, enquanto em Peshawar começaram os ritos funerários que serão realizados de forma conjunta entre fortes medidas de segurança.

    A cidade, capital da província de Khyber Pakhtunkhwa, contígua com as zonas tribais nas quais se refugiam os insurgentes e palco habitual de atentados, fechou todos os centros educativos, enquanto na capital Islamabad as instituições governamentais não abriram, de acordo com a imprensa local. O principal grupo talibã paquistanês, o TTP, reivindicou o ataque e justificou dizendo que para o “Exército nossas famílias são alvos” nas operações militares lançadas contra os insurgentes nas zonas tribais do Waziristão do Norte e Khyber.

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    (Com agências Reuters e EFE)

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