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Paquistão absolve 12 homens acusados de pedofilia

Juiz considerou que testemunhas não apresentaram provas suficientes para condenar acusados de abusar e filmar uma menino para chantagear a família

Por AFP Atualizado em 24 fev 2018, 16h17 - Publicado em 24 fev 2018, 16h04
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  • Um tribunal paquistanês absolveu neste sábado (24) 12 homens acusados de abuso sexual infantil e chantagem contra os parentes das vítimas, no último veredicto de um escândalo que comoveu o país em 2015.

    O caso foi considerado pelas autoridades paquistanesas o maior escândalo de violência contra as crianças na história do país. Quase 300 vítimas teriam sido filmadas durante o abuso sexual por homens que depois chantagearam as famílias.

    Dois acusados foram condenados em abril do ano passado à prisão perpétua. Porém, o juiz Chaudhry Ilyas absolveu os homens de “abuso sexual de um menino e da acusação de filmar a criança para chantagear a família”, afirmou uma fonte oficial à AFP.

    Os promotores levaram 16 testemunhas contra os acusados ao tribunal, mas não conseguiram apresentar provas, de acordo com o magistrado.

    Pelo menos 280 crianças, a maioria com menos de 14 anos, aparecem em centenas de vídeos sórdidos filmados desde 2007 na localidade de Husain Janwala, ao sudoeste de Lahore, a segunda maior cidade do país, afirmou Latif Ahmed Sara, representante das famílias das vítimas.

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    As crianças eram gravadas quando eram violentadas por um ou vários homens ou eram obrigadas a manter relações entre si. Vinte e cinco homens estavam envolvidos quando o caso foi revelado.

    A polícia, que não atuou apesar dos pedidos desesperados de alguns pais, realizou dezenas de detenções depois que os confrontos entre as famílias e as autoridades levaram chamaram a atenção da imprensa.

    Em março de 2016, o Senado do Paquistão aprovou um projeto de lei que tipificava como crime pela primeira vez a agressão sexual contra menores, a pornografia infantil e o tráfico. Antes apenas os atos de estupro e sodomia eram penalizados.

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    Na semana passada, um tribunal anunciou a condenação à morte de um homem acusado de estuprar e assassinar uma menina de seis anos, um caso que comoveu o país e provocou grandes distúrbios na cidade do crime.

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