Francisco também cobrou mais frugalidade e menos pompa da Igreja Católica
Por Da Redação
12 dez 2013, 10h46
Um dia após ser escolhido ‘personalidade do ano’ pela revista Time, o papa Francisco voltou a criticar nesta quinta-feira o desequilíbrio econômico, em mensagem para o Dia Mundial da Paz da Igreja Católica, celebrado pela Igreja em todo o mundo em 1º de janeiro. Segundo o sumo pontífice, o mundo vive sintomas de uma economia baseada na ganância e desigualdade. O papa também pediu maior divisão de riquezas entre as pessoas e as nações para reduzir as diferenças entre ricos e pobres.
“As graves crises financeiras e econômicas da atualidade (…) levaram o homem a buscar a satisfação, felicidade e segurança no consumo e nos ganhos fora de qualquer proporção com os princípios de uma economia sólida”, disse o pontífice. “A sucessão de crises econômicas deve levar também a repensarmos os nossos modelos de desenvolvimento econômico e a uma mudança no estilo de vida”, acrescentou.
Francisco ainda pediu à própria Igreja Católica que seja mais justa, frugal e menos pomposa, e que esteja mais perto dos pobres e sofredores. A mensagem será enviada aos líderes dos países, organizações internacionais, como a ONU, e ONGs. Intitulada “Fraternidade, a Fundação e Caminho para a Paz”, a mensagem também atacou a injustiça, o tráfico de seres humanos, o crime organizado e o tráfico de armas, todos apontados como obstáculos para a paz.
O estilo do novo papa é caracterizado pela humildade. Ele abriu mão do espaço apartamento papal no Palácio Apostólico do Vaticano a decidiu viver em uma pequena suíte em uma casa de hóspedes do Vaticano. Francisco também prefere andar num prosaico Ford Focus em vez de usar a tradicional Mercedes do Vaticano.
Críticas à desigualdade – A Exortação Apostólica ‘Evangelii Gaudium’ (A Alegria do Evangelho), apresentado no final de novembro no site oficial do Vaticano, já trazia duras críticas contra o que Francisco chamou de “economia de exclusão”. Segundo o papa argentino, “assim como o mandamento de ‘não matar’ coloca um limite claro para garantir o valor da vida humana, hoje temos de dizer ‘não a uma economia de exclusão e desigualdade’. Essa economia mata. (…) Como resultado, grandes massas da população são excluídas e marginalizadas: sem emprego, sem horizontes”. Para Francisco, os “excluídos não são explorados, mas resíduos, excedentes”.
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