Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Papa Francisco nega ser marxista

Em entrevista a jornal italiano, sumo pontífice negou ser marxista e ressaltou que exortação apostólica segue doutrina social da Igreja Católica

Por Da Redação
15 dez 2013, 17h27

Depois da divulgação do documento em que, ao discorrer sobre a pobreza e a desigualdade, condenou a “economia da exclusão” e o capitalismo, o papa Francisco foi classificado por alguns de ‘marxista’, o que ele negou em entrevista ao jornal italiano La Stampa, publicada neste domingo. “A ideologia marxista é errada. Mas na minha vida eu conheci muitos marxistas que são boas pessoas, e por isso não me sinto ofendido”.

Leia também:

Papa nomeia secretário pessoal para supervisionar banco

O pontífice ressaltou “não haver nada na exortação que não possa ser encontrado na doutrina social da Igreja”. A exortação apostólica Evangelii Gaudium (A alegria do Evangelho) veio a público no final de novembro. No texto, que está abaixo de uma encíclica em seu poder de disseminar caminhos para o clero, o papa escreveu: “Enquanto os lucros de poucos crescem exponencialmente, os da maioria situam-se cada vez mais longe do bem-estar daquela minoria feliz. Tal desequilíbrio provém de ideologias que defendem a autonomia absoluta dos mercados e a especulação financeira. Por isso, negam o direito de controle dos Estados, encarregados de velar pela tutela do bem comum”.

Continua após a publicidade

Na entrevista ao jornal italiano, disse que não falou “de um ponto de vista técnico, mas de acordo com a doutrina social da Igreja Católica”. “E isso não significa ser marxista”. “Eu tentei apresentar uma fotografia do que está acontecendo”, acrescentou.

Na última semana, o papa Francisco foi eleito a ‘personalidade do ano’ pela revista Time e divulgou outro documento, a mensagem para o Dia Mundial da Paz, que critica salários exorbitantes e bônus como sintomas de uma economia baseada na ganância.

G8 papal – Na entrevista ao La Stampa, o pontífice também disse que o comitê formado por oito cardeais para analisar mudanças na estrutura do Vaticano apresentará as primeiras recomendações formais em fevereiro.

Continua após a publicidade

Sobre as reformas financeiras em andamento, afirmou que estão “no caminho certo”, mas ainda não decidiu o que fazer com o Banco do Vaticano, envolto em escândalos nos últimos anos. Nesta semana, os especialistas do Moneyval, organismo especializado do Conselho Europeu, elogiaram algumas das medidas tomadas pelo Vaticano para regularizar as transações do banco.

Entre os progressos apontados estão um maior número de investigações realizadas pela Autoridade de Inteligência Financeira, o órgão responsável pela fiscalização das transações da Santa Sé. Em 2012, a organização havia aberto apenas seis inquéritos por suspeita de lavagem de dinheiro em transações. Nos primeiros meses deste ano, o número saltou para 105.

O relatório do Moneyval também ressalta a criação de novos mecanismos de controle, mas acrescenta que agora é hora de tais mecanismos “serem colocados em prática”. Entre as recomendações, está o pedido para que haja mais verificações no quadro de funcionários para atestar sua qualificação e evitar conflitos de interesse.

Continua após a publicidade

(Com agência Reuters)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.