Papa faz apelo a políticos em missa do 11 de setembro

Bento XVI pediu a rejeição da violência como solução de problemas

Por Da Redação
11 set 2011, 10h50

O papa celebrou missa ao ar livre, no canteiro naval de Fincantieri, para dezenas de milhares de pessoas reunidas em Ancona (Giorgio Benvenuti / Reuters/VEJA)

O papa Bento XVI fez neste domingo um apelo aos políticos para que “resistamr à tentação do ódio” em Ancona, durante a missa do décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro. O sumo pontífice também pediu a eles que “trabalhem na sociedade inspirando-se nos princípios de solidariedade, de justiça e paz”.

“Lembrando ao Senhor as vítimas dos atentados cometidos naquele dia e suas famílias, convido os dirigentes das nações e os homens de boa vontade a rejeitar para sempre a violência como solução para os problemas e a resistir à tentação do ódio”, declarou o papa. O papa celebrou missa ao ar livre, no canteiro naval de Fincantieri, para dezenas de milhares de pessoas reunidas em Ancona.

Carta – No sábado, Bento XVI afirmou em uma carta enviada ao arcebispo de Nova York, pelo décimo aniversário da tragédia, que os atentados do 11 de Setembro foram “ainda mais graves porque seus autores disseram agir em nome de Deus”, sendo que “nenhuma circunstância pode justificar atos de terrorismo”. “Neste dia, meus pensamentos se voltam para os acontecimentos sombrios do 11 de setembro de 2001, quando tantas vidas inocentes foram perdidas”, dizia o texto, em inglês, dirigido a Monsenhor Timothy Michael Dolan.

“Cada vida humana é preciosa aos olhos de Deus e nenhum esforço deve ser poupado para promover, através do mundo, um respeito verdadeiro aos direitos e à dignidade de indivíduos e povos”, escreveu o papa. Bento XVI acrescentou que reza para que “um compromisso firme de justiça e de solidariedade ajude o mundo a se desembaraçar de sofrimentos que levam, com tanta frequência, à violência”.

(Com agência France-Presse)