Londres, 4 dez (EFE).- Tian Tian e Yang Guang, os primeiros pandas gigantes que viverão no Reino Unido em 17 anos, chegaram neste domingo à Escócia vindos de uma reserva de Sichuan, na China.
Transportados em duas caixas transparentes, os ursos chegaram ao aeroporto de Edimburgo em um avião da empresa de transporte aéreo FedEx com recepção de estrelas no terminal, entre público e imprensa.
O zoológico de Edimburgo será o encarregado de receber os dois animais, que ficarão em terras escocesas por ao menos dez anos.
O macho Yang Guang (Sol) e a fêmea Tian Tian (Doçura), ambos de oito anos, ficarão em um novo espaço do zoológico escocês, cuja reforma custou cerca de 290 mil euros.
Respeitando o protocolo do cavalheirismo, quem desembarcou primeiro foi Tian Tian, que viajou em uma caixa retirada por um guindaste especial antes de ser colocada em um caminhão com uma foto gigante de um urso panda comendo bambu. Já Yang Guang foi levado em outro caminhão da empresa de transporte.
A China, como é habitual, cobrou aluguel de 815 mil euros pelos pandas, que chegaram em um Boeing 777 da FedEx batizado carinhosamente de ‘Panda Express’, em um voo direto de 9h.
As autoridades escocesas esperam que Yang Guang e Tian Tian se reproduzam, o que é bastante raro em cativeiro para esses animais em risco de extinção.
Um porta-voz do zoológico de Edimburgo disse neste domingo que a Escócia é um habitat ideal para os pandas devido ao intenso frio, similar ao das montanhas de onde procedem.
O primeiro-ministro escocês, Alex Salmond, afirmou que a chegada do casal trará uma ‘melhoria para a economia e o turismo’ à Escócia, pelo interesse que esses animais despertam nas pessoas.
Alimentados apenas por bambu, os pandas viverão em espaços diferentes, embora possam se enxergar. Os dois somente serão colocados no mesmo espaço na época de acasalamento.
A viagem dos pandas à Escócia é resultado de cinco anos de negociações com a China, o que levou os responsáveis do zoológico escocês a considerarem a confirmação de sua chegada como ‘uma ocasião histórica’ para o Reino Unido. EFE