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Palestinos ‘famintos’ interceptam caminhões de comida em Gaza, diz ONU

Diretor de agência das Nações Unidas para palestinos alerta sobre a miséria que se alastra na zona de guerra

Por Da Redação
14 dez 2023, 19h22

Philippe Lazzarini, diretor da agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos, a UNRWA, disse nesta quinta-feira, 14, que caminhões de suprimentos que conseguiram adentrar a Faixa de Gaza estão sendo interceptados por multidões de pessoas com fome, em meio a uma crise humanitária que assola o enclave durante a guerra Israel-Hamas.

A autoridade das Nações Unidas afirmou aos jornalistas no Fórum Global de Refugiados, na cidade suíça de Genebra, que a quantidade de gente nas ruas do sul de Gaza dificulta a atuação humanitária no local. Segundo ele, os palestinos estão “desesperados, famintos e aterrorizados”.

“As pessoas estão parando os caminhões de ajuda e levando a comida para consumi-la imediatamente”, descreveu Lazzarini, que acaba de voltar de mais uma viagem a Gaza. “A fome disparou nas últimas semanas, e passamos a encontrar cada vez mais pessoas que não comem há dois ou três dias”, acrescentou.

+ EUA: metade das bombas que Israel lança em Gaza é ‘sem rumo’

Dificuldades de assistência humanitária

De acordo com Lazzarini, as entregas da UNRWA se concentram agora no sul e no centro de Gaza, porque chegar ao norte passou a ser “terrivelmente difícil” na segunda rodada de ataques israelenses desde o início deste mês.

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Ele ainda destacou que a única forma de manter as atividades da agência, na ausência de um cessar-fogo, é levar assistência em “grande escala” até lá. Os auxílios entram por apenas um ponto, na fronteira com o Egito, e representam apenas uma fração do que chegava aos palestinos antes da guerra começar.

Pausa

Em resposta, Israel disse que tomou algumas medidas para agilizar o processo, como o aumento da capacidade de inspeção fronteiriça e a reabertura da passagem de Kerem Shalom, um kibutz que faz divisa com Gaza.

As falas do líder da UNRWA surgem em meio a uma pressão por uma pausa humanitária “urgente e imediata”. Nesta terça-feira, a Assembleia Geral da ONU aprovou, a contragosto dos israelenses e americanos, uma resolução que pedia por um armistício, mesmo que provisório.

As mazelas da guerra

A atuação das Forças de Defesa Israelenses (FDI) já deixou marcas profundas no enclave desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, quando 1.200 israelenses perderam a vida. Na primeira fase dos embates, o norte de Gaza foi em grande parte destruído, e agora o sul tem sofrido progressivamente com os ataques.

  • Mais de 18 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas.
  • 80% dos cerca de 2,3 milhões de habitantes de Gaza foram forçados a deixar suas casas e deslocados pelo território, de acordo com agências das Nações Unidas que atuam no local.
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