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Países africanos tentam planejar combate ao Boko Haram

Representantes da Nigéria, Chade, Camarões, Níger, Benin vão se reunir com diplomatas europeus em Paris para traçar ações contra grupo terrorista

Por Da Redação
16 Maio 2014, 12h50

Líderes de países africanos vão se reunir em Paris neste sábado para tentar melhorar a cooperação na luta contra o grupo militante islâmico nigeriano Boko Haram, que raptou mais de 200 estudantes e ameaça ultrapassar as fronteiras da Nigéria e desestabilizar a região. A revolta com o sequestro já levou o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, criticado pela lenta resposta de seu governo ao sequestro, a aceitar ajuda dos serviços de inteligência dos Estados Unidos, Grã-Bretanha e França para resgatar as meninas.

Na semana passada, ele pediu à França, que também é um alvo de extremistas por sua intervenção militar contra rebeldes islâmicos no Mali, para organizar uma cúpula em Paris com os países vizinhos da Nigéria – Chade, Camarões, Níger e Benin -, além de autoridades ocidentais. Diplomatas franceses descartaram qualquer operação militar ocidental, mas disseram esperar um plano regional para combater o Boko Haram, que já matou mais de 3.000 pessoas em uma campanha de cinco anos para estabelecer um Estado islâmico no nordeste da Nigéria, de maioria muçulmana.

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“O objetivo é chegar a um plano de ação neste fim de semana para que esses países, com o apoio do Ocidente, cooperem na apuração de dados, troca de informações e controle de fronteiras para impedir o Boko Haram de contrabandear armas e se mover livremente nesta zona”, disse uma fonte diplomática francesa. “Não há absolutamente nenhum diálogo entre Camarões e Nigéria”, disse a fonte. “Até agora, Camarões não aceitou que tem um problema, mas foi desestabilizado ao norte pelo Boko Haram e ao leste pelo afluxo de refugiados da República Centro-Africana. Eles precisam falar com a Nigéria”, completou o diplomata, que pediu para ter seu nome mantido sob sigilo.

Com cerca de 1.600 soldados no Mali, Paris tem um grande interesse em impedir que a segurança na Nigéria se deteriore, temendo que o Boko Haram possa se espalhar ao norte, para a região do Sahel, e além de Camarões, para a República Centro-Africana.

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“Entre as nações ocidentais, a França é o principal alvo do Boko Haram. É por isso que estamos nos envolvendo”, disse o diplomata francês. Com o grande e relativamente bem aparelhado Exército da Nigéria aparentemente incapaz de conter a ameaça do Boko Haram, muitos temem que o empobrecido Níger e o norte dos Camarões poderiam ter dificuldades em enfrentar um ataque. A Nigéria já chegou a um acordo com o Níger para permitir que as suas tropas cruzem a fronteira em busca do Boko Haram e está discutindo um acordo semelhante com o Chade.

(Com agências Reuters e France-Presse)

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