Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Paíes árabes pedem calendário para aplicação do plano Annan

Por Por Wissam KEYROUZ e Fayçal BAATOUT
2 jun 2012, 17h11

Os países da Liga Árabe pediram neste sábado à ONU que fixe um calendário para a aplicação do plano do emissário internacional na Síria, Kofi Annan, e que a organização recorra ao Capítulo VII de sua carta para impor a Damasco sanções e o rompimento de relações diplomáticas.

Em um comunicado divulgado ao término de uma reunião extraordinária, os ministros das Relações Exteriores dos membros da Liga exortaram o Conselho de Segurança a “tomar as medidas necessárias para garantir uma aplicação total e imediata do plano de (…) Kofi Annan seguindo um calendário bem definido, e recorrendo ao Capítulo VII da Carta das Nações Unidas”.

Para essa medida, os ministros pedem “a suspensão parcial ou total das relações econômicas, das ligações ferroviárias, marítimas, aéreas, postais, telegráficas e de telecomunicações e o rompimento das relações diplomáticas” entre a Síria e os outros países, segundo o comunicado.

O Capítulo VII prevê também a possibilidade de um recurso à força em caso de ameaças à paz.

“Não pedimos uma ação militar” contra a Síria, respondeu laconicamente o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil al-Arabi, consultado pelos jornalistas a respeito dessa possibilidade.

“Cabe ao Conselho de Segurança decidir sanções econômicas ou ir além”, acrescentou, ressaltando que três países membros (Iraque, Argélia e Líbano) haviam manifestado reservas sobre a referência feita no comunicado ao Capítulo VII da Carta.

Continua após a publicidade

“Pedimos ao Conselho de Segurança que coloque os seis pontos (do plano Annan) dentro do Capítulo VII para que a comunidade internacional assuma suas responsabilidades” diante da sangrenta repressão na Síria, havia declarado pouco antes o primeiro-ministro do Qatar, xeque Hamad Ben Jassam al-Thani.

Na “ausência de progressos” no estabelecimento de seu plano, Annan fixou um calendário para a sua missão “porque é inadmissível que os massacres e o derramamento de sangue continuem enquanto a missão se mantém indefinidamente”.

Segundo ele, o governo de Bashar al-Assad “não aplicou o primeiro ponto (do plano Annan) e ignorou os outros pontos”.

O secretário-geral da Liga Árabe propôs modificar o mandato dos observadores que, com cerca de 300 representantes, são encarregados de supervisionar um cessar-fogo, constantemente violado desde a sua entrada em vigor no dia 12 de abril.

“Uma modificação do mandato de observadores ou a transformação (desse corpo) em uma força de paz são alternativas” com o objetivo “de supervisionar uma suspensão da violência”, declarou Arabi.

Continua após a publicidade

“A violência atingiu níveis totalmente inaceitáveis”, denunciou, por sua vez, Annan, acrescentando: “o fantasma de uma guerra total, com uma dimensão confessional preocupante, aumenta com o passar dos dias”.

O chefe demissionário do Conselho Nacional Sírio (CNS), Burhan Ghalioun, presente na reunião, ressaltou que “o povo sírio está mais do que nunca determinado a derrubar o governo”, que se tornou “um perigo para a segurança e a estabilidade do Oriente Médio”.

Ghalioun disse à AFP que quer “o estabelecimento de uma força árabe de dissuasão”.

Ele anunciou que a oposição síria, minada por suas divisões, deve realizar “um congresso antes do fim do mês” para unir suas fileiras.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.