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Ouattara promete pacificar Costa do Marfim em dois meses

Presidente ganhou apoio de forças de segurança anteriormente fiéis a Gbagbo

Por Da Redação
14 abr 2011, 16h39

O presidente marfinense Alassane Ouattara – com o apoio dos principais chefes das forças de segurança, que até pouco tempo eram fiéis ao ex-presidente Laurent Gbagbo -, deu um prazo de um a dois meses para pacificar o país, afundado na violência e nos saques.

Desde a prisão do ex-presidente Gbagbo, os principais chefes das forças de segurança que eram fiéis a ele se uniram ao novo presidente. Os últimos, dois generais, um chefe de uma unidade de elite e o outro comandante da força aérea, deram seu apoio na quarta-feira.

Violência – Os líderes das forças de segurança haviam permanecido leais a Gbagbo durante os quatro meses de crise, que começou com as denúncias dos resultados da eleição presidencial e que levou o país à beira da guerra civil. A violência pós-eleitoral deixou cerca de 900 mortos, segundo a ONU, a metade em Abidjan.

Outtara havia anunciado na quarta-feira que pedirá ao promotor do Tribunal Penal Internacional (TPI) que inicie investigações sobre os massacres que ocorreram no oeste do país, atribuídos pela ONU e por organizações não governamentais aos dois grupos rivais.

Outtara deve se mudar nos próximos dias para o palácio presidencial, após ser obrigado a se refugiar durante quatro meses no Hotel do Golfe de Abidjan. O presidente indicou que Gbagbo foi transferido para o norte do país. No entanto, a violência segue latente.

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Patrulhamento – Nesta quinta-feira pela manhã, diversos elementos das Forças Republicanas da Costa do Marfim (FRCM, fiéis a Ouattara) patrulhavam Abidjan, a capital econômica do país. As forças francesas fizeram o mesmo em diferentes setores da cidade, segundo declarações feitas em Paris por um porta-voz do Estado-Maior francês, para quem os saques continuam em alguns bairros.

A Costa do Marfim ainda é um país “perigoso”, apesar da prisão de Gbagbo, e os marfinenses, “extremamente traumatizados”, precisam de uma grande operação humanitária, afirmaram funcionários da ONU. “Ainda há combates e saques”, declarou Alain Le Roy, responsável pelas operações de manutenção da paz da ONU, à margem de uma reunião em Nova York do Conselho de Segurança dedicada à Costa do Marfim.

Em uma declaração, o Conselho de Segurança incentivou o presidente Ouattara a formar um governo com uma ampla base de apoio e exorta todos os marfinenses a se abster de qualquer medida de represália, vingança e provocação, a exercer contenção e a trabalhar juntos para promover a reconciliação nacional e restabelecer uma paz duradoura.

(Com agência France-Presse)

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