Otan: Rússia deve parar ‘imediatamente’ de atacar opositores de Assad
Para a aliança ocidental, "as ações militares da Rússia "alcançaram um nível mais perigoso com as recentes violações do espaço aéreo turco nos dias 3 e 4 de outubro"
A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) pediu nesta segunda-feira a Rússia que pare “imediatamente” com os ataques contra a oposição e contra civis na Síria e que “centre seus esforços em combater” o grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Os embaixadores aliados, que se reuniram hoje em caráter de urgência depois que um avião russo violou o espaço aéreo turco em uma de suas incursões na Síria, pediram também à Rússia “que promova uma solução do conflito através de uma transição política”. Eles solicitaram explicações sobre a infração e pediram que Moscou “pare e desista” de violar o espaço aéreo aliado.
Os países-membros da aliança militar expressaram em comunicado divulgado após o encontro sua “profunda preocupação” pela escalada militar russa e, “especialmente, pelos ataques das Forças Aéreas Russas” nas cidades sírias de Hama, Homs e Idlib, que “provocaram vítimas civis e não tiveram como alvo o EI”.
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Para a Otan, as ações militares da Rússia “alcançaram um nível mais perigoso com as recentes violações do espaço aéreo turco nos dias 3 e 4 de outubro” na região de Hatay, no sul do país. “Os aviões em questão entraram no espaço aéreo turco apesar das advertências claras, oportunas e repetidas das autoridades da Turquia”, especificou a aliança. De acordo com a organização, aviões de combate turcos “responderam a estas incursões desdobrando caças de interceptação e, após isto, os aviões russos saíram do espaço aéreo turco”.
“Os aliados protestam energicamente diante destas violações do soberano espaço aéreo turco e condenam estas incursões e violações do espaço aéreo da Otan”, e sublinharam o “perigo extremo de tal comportamento irresponsável”. Também pediram que a Rússia “tome todas as medidas necessárias para garantir que tais violações não aconteçam no futuro”.
(Com agência EFE)