Otan diz estar pronta para defender a Turquia se necessário
Exército turco bombardeou Síria pelo sexto dia consecutivo na segunda-feira
O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, garantiu nesta terça-feira que a Aliança Atlântica tem ‘todos os planos necessários preparados’ para defender a Turquia dos ataques sírios, caso seja necessário. Na segunda-feira, a Turquia bombardeou a Síria pelo sexto dia consecutivo em resposta a um novo projétil caído em solo turco na província meridional de Hatay, que não causou danos.
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Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o regime de Bashar Assad.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram milhares de pessoas no país.
- • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.
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“Obviamente, a Turquia pode confiar na solidariedade da Otan. Temos preparados todos os planos necessários para proteger e defender a Turquia se for necessário”, afirmou Rasmussen aos jornalistas em sua chegada à reunião dos ministros da Defesa da organização, realizada em Bruxelas. Em todo caso, o político dinamarquês espera que ‘não seja necessário’ atuar e que ‘todas as partes envolvidas mostrem moderação e evitem uma escalada da crise’.
Rasmussen defendeu a ‘moderação’ mostrada pelo governo turco em sua resposta ao ataque com bombas disparadas do território sírio, que na semana passada matou cinco civis, e lembrou que a Turquia ‘tem o direito de se defender dentro da lei internacional’.
Condenação – A Otan reuniu com urgência seus embaixadores no último dia 3 para analisar esse incidente, que condenou com dureza, e exigiu de Damasco o fim de suas ‘flagrantes’ violações do direito internacional. Antes de bombardear a Turquia, país que abriga mais de 96.000 refugiados sírios, o governo de Bashar Assad já havia derrubado um caça turco em junho, desencadeando a crise entre os dois países.
No entanto, a Otan insistiu o tempo todo que não tem nenhuma intenção de intervir na crise síria e defendeu uma solução política ao conflito. “Precisamos de uma mensagem forte e unificada da comunidade internacional ao regime sírio, uma clara mensagem que o regime sírio deve satisfazer as aspirações legítimas do povo”, disse hoje Rasmussen.
(Com agência EFE)