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Ossétia do Sul elege seu novo líder

Por Da Redação
12 nov 2011, 22h38

Moscou, 12 nov (EFE).- A região separatista georgiana da Ossétia do Sul elegerá no domingo seu novo líder em meio ao apoio da Rússia e as críticas da Geórgia, que acusa o Kremlin de sabotar sua soberania depois de Moscou reconhecer a independência desse território reclamado por Tbilisi.

Na véspera das eleições, a presidente da Comissão Eleitoral Central Bela Pliyeva informou que se espera 25 mil eleitores, incluindo cerca de 18 mil cidadãos que vivem fora desta região e que poderão votar nas embaixadas de Sukhumi (capital da Abkházia, a segunda região separatista georgiana) e em Moscou.

Além disso, disse que seis dos 17 candidatos à Presidência revogaram suas candidaturas a favor de outros candidatos, de maneira que apenas 11 concorrem às eleições.

Os analistas concordam em dizer que a vitória será de Anatoli Bibilov, ministro de Emergências da região, que conta com o claro apoio do Kremlin e a quem a imprensa russa atribui a aspiração de ver a Ossétia do Sul como parte do território da Federação Russa.

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Segundo o influente jornal russo ‘Kommersant’, essas especulações apareceram na mídia depois que Bibilov declarou que, a fim de se integrar com a vizinha república russa da Ossétia do Norte, a região deve ‘alcançar seu nível, e o da Rússia’. No entanto, para o embaixador da Ossétia do Sul no Kremlin, Dmitri Medoyev, essas suposições podem ser apenas ‘más interpretações’ da imprensa.

De qualquer maneira, o presidente russo Dmitri Medvedev descartou em maio a possibilidade da adesão da Ossétia do Sul à Federação Russa em um futuro próximo. ‘Não há condições jurídicas para isto’, disse em entrevista ao maior canal estatal de televisão russa.

O jornal russo ‘Nezavisimaya Gazeta’ diz que Bibilov foi imposto por Moscou, enquanto outros candidatos foram propostos pelo presidente da região, Eduard Kokoiti, líder separatista desde 2001, e rechaçados pelo Governo.

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Outros candidatos também defendem a independência da Ossétia do Sul da Geórgia e uma colaboração mais estreita com a Rússia, embora as prioridades de seus programas eleitorais sejam diferentes. Vadim Tsjovrebov, que segundo a pesquisa do centro de estudos ‘Ir’ poderia obter 19% dos votos, insiste na necessidade de um brusco impulso econômico para elevar a renda da população.

Já Alla Dzhioyeva, ex-ministra de Educação e líder da oposição que, segundo as pesquisas poderia contar com 11% dos votos, defende uma reforma agrária, a supremacia da lei e reformas institucionais. Bibilov, por sua vez, se coloca como um representante da luta contra a corrupção e defende uma renovação global da região.

Enquanto isso, a Geórgia não reconhece a legitimidade das eleições na Ossétia do Sul e reitera que não se pode levar a sério uma votação em um território ocupado por uma potência estrangeira, Rússia, que desdobrou bases militares em seus territórios.

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‘Esse evento, organizado pelo regime separatista, não terá nenhum peso jurídico nem político. As autoridades georgianas não esperam nenhuma consequência dessas eleições, positivas ou negativas’, disse Nino Kalandadze, vice-ministra de Exteriores da Geórgia. EFE

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