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Os sapatinhos coloridos

Expostos em um saguão do terminal do Aeroporto de Jacarta, os pertences dos pequenos vítimas do desastre aéreo na Indonesia saltavam aos olhos

Por Duda Teixeira Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 nov 2018, 07h00 - Publicado em 2 nov 2018, 07h00

Treze minutos após ter decolado do Aeroporto de Jacarta, na Indonésia, na segunda-feira 29, o avião da companhia Lion Air despencou no Mar de Java. Não demorou para que pedaços da fuselagem, roupas, uma carteira, mochilas e corpos aparecessem boiando entre as ondas. Havia 189 pessoas a bordo, incluindo dois bebês. Entre os pertences coletados e expostos em um saguão do terminal, saltavam aos olhos os sapatinhos coloridos dos pequenos. Contrariando a regra de que aparelhos antigos têm maior probabilidade de vir a apresentar problemas, o Boeing 737 Max 8 contava apenas dois meses de uso, totalizando nada mais do que 800 horas de voo. Na quinta-feira 1º, mergulhadores resgataram a caixa-preta. A leitura das informações será fundamental para entender o que aconteceu. Uma das suspeitas recaiu sobre a Boeing. A série 737 Max 8 começou a operar no ano passado, e essa foi a primeira unidade a sofrer um acidente trágico. A Lion Air comprou 218 aeronaves e se declarava muito orgulhosa de ser a pioneira em usar esse modelo. Operadora de voos de baixo custo, a empresa indonésia também recebeu críticas. Seu histórico de acidentes é longo. Foram pelo menos quinze, desde 1999. Por seu descaso com segurança, foi proibida de operar no espaço aéreo europeu por nove anos, entre 2007 e 2016. Na viagem anterior, no domingo, o capitão pedira autorização para retornar porque os instrumentos do avião não estavam lendo corretamente a velocidade e a altitude. Dois dos passageiros publicaram fotos no Instagram reclamando do sistema de ar condicionado e da iluminação na cabine. Tragédia anunciada.

Publicado em VEJA de 7 de novembro de 2018, edição nº 2607

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