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Orquestra da Holanda demite maestro Daniele Gatti por assédio sexual

Orquestra Real do Concertgebouw, uma das mais prestigiosas do mundo, rompeu o contrato depois de denúncias de cantoras líricas a jornal americano

Por Da Redação
2 ago 2018, 14h25

O renomado maestro Orquestra Real do Concertgebouw, de Amsterdã, Daniele Gatti, foi demitido por causa de acusações de assédio sexual a cantoras líricas com quem trabalhou, comunicou a direção da orquestra nesta quinta-feira (2). As alegações contra o regente vieram à tona em reportagem publicada em 26 de julho pelo jornal Washington Post.

“Desde a publicação do artigo pelo Washington Post, muitas mulheres colegas da Orquestra Real do Concertgebouw relataram experiências com Gatti, as quais são inadequadas considerando a sua posição como principal regente”, informou a direção da orquestra, por meio de nota. “Isso causou um dano irreparável na relação de confiança entre a orquestra e seu principal maestro.”

As acusações contra Gatti e sua reação imediata surpreenderam os músicos e os funcionários do Concertgebouw nesta quinta-feira, assim como patrocinadores e apoiadores da orquestra na Holanda e no exterior.

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A reportagem do Post  menciona que Gatti atacou duas colegas em seu camarim entre 1996 e 2000. O soprano Alicia Berneche descreveu com detalhe: “ele pôs as mãos no meu traseiro e enfiou a língua na minha garganta”.

Segundo o jornal, o maestro contratou uma empresa americana de relações públicas, a Reputation Doctor, para cuidar da crise aberta pela denúncia. Uma nota de desculpas foi divulgada em seu nome, na qual prometeu se focar mais em seus comportamentos e ações diante de mulheres, em especial com aquelas com quem vem trabalhando.

“A todas as mulheres a quem conheci na minha vida inteira, especialmente aquelas que acreditam que eu não as tratei com o respeito e a dignidade que elas mereciam, eu sinceramente peço desculpas do fundo do meu coração”, afirmou Gatti na nota. “Eu verdadeiramente sinto muito.”

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Gatti é professor da Accademia Musicale Chigiana, de Siena, desde 2016. A instituição ainda não se pronunciou sobre a manutenção ou não de seu contrato com o maestro. Ele tem sido um dos mais requisitados condutores de orquestra do mundo. Natural de Milão, foi regente da Orquestra da Academia Nacional de Santa Cecília, em Roma, da Orquestra do Teatro Comunal da Bologna, ambas na Itália.

Também foi maestro convidado do Convent Garden e da Orquestra Filarmônica Real, em Londres, do Festival de Bayreuth, na Alemanha, e da Ópera Estatal de Viena. Antes de firmar contrato com o Concertgebouw, em 2016, foi diretor musical da Orquestra Nacional da França e maestro da Ópera de Zurique, na Suíça.

(Com Reuters)

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